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Depois de amargar eliminações dentro de casa a dupla Atletiba enfrenta a desvantagem técnica na Copa do Brasil.

Detentores de grandes torcidas, belos estádios, times acostumados com intensa cobertura da imprensa, Atlético e Coritiba apresentam, nas últimas temporadas, uma face que se presumia superada: a dificuldade de acertar na contratação dos profissionais para a formação das comissões técnicas e dos elencos.

Pelo que passaram e por tudo que representam para o futebol brasileiro, torna-se difícil entender essa repetida incompetência no Alto da Glória e na Arena da Baixada.

Nem mesmo as polpudas verbas que recebem da televisão, dos patrocinadores, da venda dos melhores jogadores e as bilheterias garantidas pela fidelidade de suas apaixonadas torcidas impediram que a dupla perdesse a chance de decidir o título para dois clubes que lutam com dificuldades financeiras. Do Paranavaí nada a acrescentar, já que a sua campanha foi de absoluto heroísmo e, do Paraná, pelo segundo ano consecutivo, mesmo sem os recursos financeiros recebidos por Atlético e Coritiba, montou e remontou o elenco, ganhou vaga na Taça Libertadores e caminha para o bicampeonato estadual. A isso se costuma dar o nome de competência.

Fruto do fracasso dos cartolas na composição dos elencos, os técnicos Macuglia e Vadão estão na corda bamba. Sem bons jogadores não há treinador que resista.

Eles são as mais novas vítimas dos elencos mal formados e recheados de jogadores com capacidade técnica limitada. Mas eles têm responsabilidade, mesmo porque concordaram e avalizaram as políticas adotadas.

O curioso é que a imprensa analisa, aponta os erros e procura colaborar com as melhores intenções, porém, não raras vezes, é mal interpretada pelos orgulhosos dirigentes.

Depois de buscar reforços como Caíco, Muñoz e outros que já deram o que tinham de dar, a diretoria do Coxa enfrenta, mais uma vez, pressões das torcidas organizadas que até lista de dispensas apresentaram.

Positivamente, esta não é a melhor forma de conduzir o departamento de futebol profissional de um gigante como o Coritiba.

Depois de padecer com goleiros irregulares, até descobrir Guilherme no último jogo do campeonato de maneira circunstancial, resgatar o irregular Rogério Correia e apostar em jogadores tecnicamente sofríveis como Michel, João Leonardo e outros, o Furacão segue uma trajetória de insucessos.

Positivamente, esta não é a maneira mais indicada para administrar o departamento de futebol profissional de um clube moderno como se transformou o Atlético. Ou seja, ele desenvolve-se admiravelmente em todos os setores, menos no principal, o futebol, que é a alma do clube.

Com partidas decisivas hoje e as portas de novo Campeonato Brasileiro, é preocupante o futuro da dupla Atletiba no restante da temporada.

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