O juiz de Direito aposentado Francisco Horta assumiu a presidência do Fluminense e revolucionou o futebol carioca contratando o craque Rivellino, maior referência do Corinthians durante o histórico jejum de 23 anos sem conquistar títulos. Mas ficou ainda mais célebre pela frase "vencer ou vencer", que obviamente designava a única alternativa em determinadas ocasiões. Pois é isso que está acontecendo com o Coritiba a partir de domingo, frente ao também desesperado Palmeiras, e depois, contra o forte Galo mineiro até o encerramento dos trabalhos contra o Bahia, que está atrás dele na classificação.

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Como até que enfim é sexta-feira, vamos a mais uma filosofada do rico folclore futebolístico: esta do criativo Gentil Cardoso, famoso treinador carioca nos anos 1940-50: "Só me chamam prá enterro, ninguém me convida para comer bolo de noiva. Só sou contratado para treinar time em crise, na tábua da beirada...".

Juntemos os dois pensamentos para emoldurar a situação atual do técnico Marquinhos Santos no Coritiba. Obrigado a vencer sempre para tentar reabilitar um elenco desgastado e praticamente desmoralizado pelo antecessor Celso Roth. O técnico gaúcho procurava justificar os maus resultados por causa da "herança recebida".

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Já o jovem Marquinhos arregaçou as mangas e – por conhecer todos os corredores do Alto da Glória – sem reclamar de nada ou pedir alguma coisa diferente à diretoria, até porque sabia que não resolveria muito diante das condições financeiras precárias em que o clube se encontra.

Como o negócio era mesmo, e continua sendo, vencer ou vencer, não adianta chorar pelo leite derramado.

Claro que Marquinhos gostaria de ter sido prestigiado lá atrás quando foi injustamente dispensado nas águas da queda do discutido supervisor Felipe Ximenes e não somente agora com o time na tábua da beirada, como dizia o velho marinheiro Gentil Cardoso.

Apesar de todas as limitações técnicas, o time do Coxa está motivado e dificilmente deixará escapar as derradeiras oportunidades de manter-se na Série A.

Rodada

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Quanto à dupla da Rua Engenheiros Rebouças, Atlético e Paraná, ambos se regozijam por terem fugido antecipadamente do rebaixamento, marca principal do nosso pobre futebol na principal competição nacional.

Quando ocorre a exceção, como na boa campanha do Furacão no ano passado (3.º lugar), os cartolas tratam de atrapalhar desmontando a comissão técnica e o próprio elenco para começar tudo de novo, como se fossem suficientemente capazes para acertar sempre.

Deu no que deu com nova Arena da Baixada e tudo: vaias da torcida e quadro social abaixo da projeção exatamente pela singeleza técnica do time. E o Paraná seguirá a sua tumultuada vida mais uma temporada na Série B.

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