Jogando na base da superação e vencendo em casa, o Coritiba aproxima-se do céu. Porém, jogando mal fora ele desce às profundezas do inferno.
Esta tem sido a sina coxa-branca na Segunda Divisão e, obviamente, deixa a torcida apreensiva e os analistas preocupados.
Preocupados porque a postura de todos no Coxa é de incontida euforia após a vitória, mesmo que na base da sorte e contando com os erros do adversário, como aconteceu contra o Brasiliense. E de completa fossa quando o time perde uma infinidade de gols e é derrotado fora, como ocorreu contra o Ipatinga.
O recomendável seria uma atitude de frieza, tanto para analisar as virtudes na vitória como para examinar com olhos clínicos os erros na derrota. O próprio técnico René Simões, que está há pouco tempo no Alto da Glória, embarcou nessa linha de comportamento.
Curioso é que a mídia também participa do clima, fazendo loas à entrada do Coxa no chamado G4 e sentando o pau quando ele sai.
A realidade é que o time do Coritiba não é superior aos principais concorrentes e nem inferior, apenas tem tido dificuldade para encontrar o ponto de equilíbrio tático-técnico tanto em jogos perante a torcida quanto longe. A irregularidade está intimamente ligada à falta de confiança e, é claro, à limitação técnica da maioria.
A meu ver, o começo de um trabalho de plena recuperação psicológica e técnica do elenco passa, necessariamente, pelo comedimento na comemoração dos triunfos e a auto crítica no exame das derrotas. O que não pode é todo mundo cair do céu para o inferno em velocidade sideral, juntando os cacos a cada nova semana.
Pelo menos, hoje, contra o Fortaleza, jogando em casa a torcida coxa-branca conta com uma noite celeste.
Clássico esquenta
À medida que nos aproximamos do dia do clássico, aumenta a temperatura.
Determinado a ficar na cola do Botafogo, ou mesmo ultrapassá-lo na liderança, o Paraná promete ser ofensivo e determinado amanhã. E tem condições para isso, só que do outro lado estará uma equipe que se especializou em defender-se e surpreender nos contragolpes.
E por que o Furacão só tem jogado bem fora da Arena da Baixada?
Elementar, como dia Sherlock Holmes ao doutor Watson: em casa, diante da torcida, o time tem a obrigação de tomar a iniciativa e partir para cima do adversário. Faltam-lhe recursos técnicos para isso, já que os alas têm jogado mal, a meia-cancha inexiste em termos de criação e o ataque fica isolado. Conseqüentemente, facilita a ação do adversário que, postado na defesa, joga nos contra-ataques e liquida a fatura.
Quando joga fora, inverte-se o papel e o Atlético consegue arrancar bons resultados.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano