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A presença do campeão da Libertadores já seria motivo mais do que suficiente para tornar a noite de gala na Arena da Bai­­xada, mas ficou ainda melhor diante da estimulante campanha de recuperação que o Atlético vem desenvolvendo nas últimas rodadas.

Excluindo aquela pálida atuação em Campinas, quando foi der­­rotado pelo Guarani, o Fura­­cão reabilitou-se em cima de seus homônimos mineiro e goiano, somando seis pontos que o mantiveram na sétima colocação e, consequentemente, de olho numa vaga na Libertadores.

Mas para concretizar os so­­nhos de realizar voos mais ousados ainda nesta temporada, o time de Carpegiani terá de se im­­por ao forte Internacional para fazer valer o mando de campo.

Como a defesa tem se comportado bem, com Rhodolfo começando a chamar a atenção pela excelente performance, espera-se eficiência dos alas e circulação de bola na meia-cancha para a criação de oportunidades de gol. Se a bola chegar na frente, Bruno Mi­­neiro e Maikon Leite conferem.

A partida promete ser das mais disputadas, não só pela garra e as virtudes dos atleticanos, mas também pelo gabarito técnico do adversário.

Efabulativo:

Quem passou pela capital por esses dias foi o an­­tigo ídolo da torcida coxa-branca, Tião Abatiá, que formou com Paquito a famosa "dupla caipira".

Foi a arrancada do Coritiba em busca do hexacampeonato estadual e muito destaque no cenário nacional.

Bem de vida e de saúde, Tião Abatiá distribuiu simpatia na Boca Maldita e toda vez que se referia a sua luminosa passagem pelo Alto da Glória frisava: "Nunca consegui ser vice aqui. Fui campeão o tempo todo em que joguei no Coxa!"

Lembrei a ele de uma promoção que realizamos no Campeo­­nato Nacional de 1971. Eu era agente publicitário das lojas Frisch­­­mann’s Magazine, uma das maiores redes da época, e propus ao proprietário, Maurício Frisch­mann, torcedor do Coritiba, que incentivássemos o nosso único representante no torneio oferecendo mil cruzeiros – que naquele tempo era uma boa grana – para cada gol que fosse marcado.

Pedi licença ao presidente Evangelino Neves e mandei colocar uma faixa embaixo do antigo placar, atrás do gol dos fundos: "Gol do Coritiba: milzão do amigão!". Toda segunda-feira os jogadores iam receber o cheque na loja da Praça Tiradentes, com am­­pla divulgação pela imprensa.

Cumprindo boa campanha e empolgando a torcida, quando o Coxa chegou ao 12.º gol, o dono da loja perguntou: "Será que o Tião Abatiá vai continuar marcando tantos gols assim...!?". Continuou até o fim, não só ele, mas também Paquito, Leocádio, Zé Roberto e Rinaldo. A promoção foi um sucesso e custou barato para o meu amigo Maurício Frischmann.

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