Como a história não se repete nunca da mesma maneira, o cenário montado pelos fados que trouxe felicidade aos torcedores da dupla Atletiba, deve ser lembrado durante muito tempo. Foram duas vitórias de tirar o fôlego, não só pelos ótimos resultados obtidos, mas, principalmente, pelas circunstâncias que conduziram o Atlético e o Coritiba ao triunfo arrebatador.

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O Furacão jogou consciente de todas as dificuldades que o aguardavam, afinal o adversário estava invicto há quase dois anos no Estádio Independência e ainda curte ambiente de lua de mel por causa da conquista do título na Libertadores, além, é claro, do seu notável poderio técnico.

Pois não há de ver que o Rubro-Negro paranaense revestiu-se da mesma garra e determinação que caracterizaram a sua virada em cima da Portuguesa, no Canindé, e enfrentou o Galo em condições de igualdade até conseguir materializar a retumbante vitória.

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A defesa falhou no lance do gol de Bernard, mas durante o jogo esteve em nível elevado, demonstrando que o treinador Vagner Mancini conseguiu corrigir alguns posicionamentos, contando para isso com a experiência de Luiz Alberto. A propósito, o Atlético jogou bem nas primeiras partidas do campeonato e só perdeu por erros individuais do zagueiro Cléberson e do ala Pedro Botelho, encurtando a carreira de Ricardo Drubscky no clube.

Com a zaga mais firme e o meio de campo com melhor movimentação, só faltava ao time poder de realização e, nos instantes finais, Zezinho, Everton e Éderson liquidaram a fatura em jogadas fulminantes. A torcida espera a mesma eficiência contra o Goiás.

Vira-vira

A torcida coxa-branca saiu extasiada do Alto da Glória com as intensas emoções do jogo no qual o Coritiba virou duas vezes o placar, depois de ter sofrido uma virada da Ponte Preta logo no começo do segundo tempo. Foi uma partida inesquecível, que ficará tempos na lembrança do torcedor, com lances pitorescos e gols bem elaborados.

Por falar em elaboração de jogada, o gol mais bonito, a meu ver, foi o último: Lincoln, o dono da noite, dominou com categoria e enfiou a bola no meio da área, entre os zagueiros para Robinho que dominou com impressionante habilidade, ajeitou-se e mandou ver.

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O gol psicológico foi assinalado por Alex – sempre ele – no momento mais dramático da partida. Até a reação do beque da Ponte Preta, que deu um bico na bola depois que ela bateu na rede e voltou, foi sinal de que a segunda virada seria iminente. E foi. Para alegria da torcida e glória dos jogadores que se mantiveram imbatíveis na competição.

Agora é manter o equilíbrio e enfrentar o Cruzeiro com a autoridade de quem adquiriu status de candidato ao título. Do outro lado estará o professor Marcelo Oliveira, que conhece todos os segredos do Coxa.