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A experiência na fase de qualificação deve ter servido para alguma coisa na Vila Capanema.

O técnico Zetti e os jogadores precisam tirar vantagem dessa etapa de capacitação. A meu juízo, o segundo jogo foi mais proveitoso do que o primeiro.

No primeiro, lá no Chile, o Paraná foi cauteloso, mas atuou com personalidade e soube tirar proveito dos contra-ataques, surpreendendo o adversário. No segundo jogo, tendo entrado em campo com ares de favorito, com o estádio cheio e um indisfarçável clima de já ganhou no ar, o Paraná foi surpreendido pela postura do Cobreloa que, em vez de jogar fechado, avançou a marcação e assumiu atitude mais ousada. O Tricolor confundiu-se na meia-cancha e com a expulsão de Goiano chegou a sofrer ameaça de gol.

Como conseguiu melhorar na etapa final e classificou-se com o empate, deve extrair boas lições do primeiro teste do grande torneio.

Na fase de grupos, mesmo tendo pela frente dois adversários sem peso continental – Real Potosí, da Bolívia, e Unión Maracaibo, da Venezuela – e um antigo freguês, o Flamengo, o Paraná deve assumir uma postura de time aguerrido, dentro e fora de casa.

Uma boa estréia, na antiga cidade dos piratas do Caribe que inspirou tantas lendas e bons filmes de capa-espada em Hollywood, significará a chave do sucesso do Paraná na Taça Libertadores da América.

A camisa de Dunga

O estilo "fashion" de Dunga deu o que falar. Claro que muito da onda criada em torno da cafona camisa com desenhos de flores – ou seriam folhagens? – alvinegras, tem a ver com o mau desempenho da seleção brasileira em campo.

Houvesse jogado melhor e obtido melhor resultado, e pouca gente se lembraria da carnavalesca indumentária do selecionador nacional.

Camisa de gosto duvidoso à parte, importa verificar se Dunga prestou atenção nos goleiros testados, já que nenhum deles se apresentou acima do nível técnico de Rogério Ceni. Da mesma forma que os alas precisam mostrar bem mais para ajudar o sistema de jogo, sem esquecer, é claro, de que Elano jamais será um organizador da meia-cancha.

Jogador esforçado, que brilhou na goleada sobre a Argentina, mas que se encontra no banco de reservas da sua equipe ucraniana, Elano continua distante do meia que resolverá o problema da armação do ataque.

Kaká e Ronaldinho Gaúcho são atacantes, enquanto que não dispomos, no momento, de nenhum armador que lembre, mesmo de longe, os históricos Didi, Dino Sani, Zito, Ademir da Guia, Gérson, Dirceu Lopes, Carpeggiani, Falcão, Cerezzo, Adílio ou Rivaldo, para ficarmos só com a nata. O que mais se aproxima do estilo, e ainda assim a anos-luz dos citados, é o jovem Diego que brilha no futebol alemão depois de fracassar em sua passagem pelo Porto.

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