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O futebol é uma atividade fantástica e ainda tem o poder de encantar e surpreender os seus apaixonados admiradores.

Poderia citar o jogão que foi Milan e Real Madrid, com a vitória do time italiano com dois gols de Alexandre Pato, mas me fixo no triunfo do Santo André sobre o Palmeiras.

Uma simples partida acabou mudando a história do campeonato, tanto em cima quanto em baixo.

Como diria o velho Jack Estri­­pador, vamos por partes.

A terceira derrota consecutiva do Palmeiras estremeceu o seu favoritismo na corrida pelo título. É aquele velho negócio de jogadores não saberem lidar com as convocações para a seleção brasileira: Diego Souza e Cleiton Xavier voltaram diferentes e não estão jogando nada.

Faz lembrar o retorno de Kléberson, então consagrado pentacampeão mundial: aprendeu a jogar cacheta a cem dólares na seleção e não se acostumou mais com o jogo de dez reais na concentração do Atlético.

Com a contusão de Pierre e o baixo rendimento de peças importantes como Edmílson e Vágner Love, além do deficiente sistema de zaga, o Palmeiras caiu no lugar comum e a bússola de Muricy parece que emperrou na hora da arrancada.

A inesperada vitória do Santo André colocou, temporariamente, o Botafogo no rebolo, e au­­mentou a pressão sobre o Co­­ritiba, agora a apenas dois pontos do rebaixamento. Di­­minuiu ainda a "gordura" do Atlé­­tico.

As próximas rodadas prometem ser eletrizantes, pois meia dúzia de equipes alimentam a esperança de chegar ao título, dez sonham com as vagas na Libertadores e sete lutam contra o rebaixamento.

Atletiba

Pelo que se ouve em torno da definição das equipes para o clássico, Antônio Lopes e Ney Franco têm poucas dúvidas.

O Coritiba melhorou com a chegada dos alas Ângelo e Lu­­ciano Amaral, mas segue vulnerável no miolo da zaga. Luciano Amaral demonstrou habilidade acima da média no atual futebol brasileiro, o que tem faltado a Leandro Donizete e Jaílton, que marcam bem, mas apóiam com limitação. Pedro Ken e Carlinhos Paraíba não vêm jo­­gando a contento, pois correm muito e concluem pouco. A maior dúvida está na frente, já que Marcos Aurélio, Ariel e Rô­­mulo entram e saem sem que o técnico consiga se encantar com um deles.

O Atlético acertou a defesa com Nei, Manoel e Ronaldo. O re­­torno de Rodolpho seria uma temeridade. Com Alex Sandro, melhorou o lado esquerdo, mas o direito continua estranho com o revezamento entre Nei e Wesley. Valencia e Rafael Mi­­ran­­da andam jogando o fino da bola, enquanto Wallyson e Alex Mineiro continuam devendo. Wesley é o elemento surpresa em grande fase.

Ah, antes de terminar: Mar­­celinho Paraíba e Paulo Baier dispensam maiores considerações, pois são os verdadeiros craques da dupla Atletiba.

Experientes e fisicamente bem condicionados, orientam, lideram, criam jogadas e, sobretudo, marcam gols.

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