Números que confortam

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Após a experiência com a Taça Brasil, torneio que reunia os campeões estaduais, decidiu-se pela ampliação do Torneio Rio-São Paulo, cujo nome oficial era Torneio Roberto Gomes Pedrosa – paulista, goleiro do São Paulo que chegou a presidente da CBD – e, a partir de 1967, começou a ser disputado o Robertão com 15 clubes: cinco cariocas, cinco paulistas, dois mineiros, dois gaúchos e um paranaense, o Ferroviário, campeão estadual.

Com o sucesso obtido, em 1971 instituiu-se o Campeonato Brasileiro e o nosso primeiro representante foi o Coritiba, que terminou em 10.º lugar entre 20 participantes.

Dois anos depois, passamos a ser representados pela dupla Atletiba e, a partir de 1976, foram entrando e saindo, conforme a classificação, Londrina, Maringá, Colorado, Operário e outros.

As melhores colocações do Coritiba foram primeiro em 1985, terceiro em 1979 e quarto em 1980. As melhores do Atlético foram primeiro em 2001, segundo em 2004 e quarto em 1983. As melhores do Paraná foram quinto em 2000 e sétimo em 2005.

O time paranaense que conseguiu a maior série invicta foi o Atlético, com 18 partidas no campeonato de 2004, e as maiores goleadas de cada um foram 7 a 1 do Coritiba em cima da Ferroviária-SP, em 1980; 6 a 1 do Paraná em cima da Desportiva, em 1993; e 7 a 2 do Atlético em cima do Vasco, em 2005.

O maior artilheiro foi Washington, do Atlético, recordista nacional com 34 gols no campeonato de 2004.

Bem, estas são algumas curiosidades do passado com números que confortam. O presente indica dificuldades, pelo menos nas dez primeiras rodadas antes da paralisação para a Copa do Mundo. Tudo porque os nossos times não se planejaram adequadamente, com vantagem ao Paraná, que manteve a base, conquistou o título estadual, reforçou o time e reúne condições de fazer boa figura.

O Atlético precisa melhorar a equipe com a contratação de jogadores de maior envergadura técnica. Entretanto, o que tem lhe faltado, basicamente, é um talentoso meia-ponta-de-lança e um goleador eficiente, como aqueles que encheram a sua torcida de alegria na base da corda e a caçamba: Assis-Washington, Luís Carlos-Oseas, Kelly-Tuta, Paulo Miranda-Warley, Kelly-Lucas, Adriano-Alex Mineiro, Kléberson-Kléber, Jádson-Washington ou Lima-Aloísio.

O Coritiba remontou o time depois de fracassar no Paranaense e na Copa do Brasil e inicia árdua caminhada no Brasileiro da Segunda Divisão.

Diante das dificuldades que encontrará, do equilíbrio técnico entre os participantes e da sua própria instabilidade só o tempo nos mostrará quais são as verdadeiras chances de o Coxa voltar a principal vitrine do futebol nacional.