O algo a mais

O jovem time do Atlético que se apresenta praticamente imbatível na Arena, mas sem personalidade técnica como visitante, faz lembrar antiga propaganda de uma marca de gasolina na década de 1970.

Wilson Simonal levantava a galera nos intervalos comerciais da televisão cantando “o poder do algo a mais” que deixava o motor do carro mais redondo. Pois aí está o desafio do Furacão para cravar a vaga na Libertadores: mostrar o poder do algo a mais quando jogar fora de casa.

É importante destacar o profundo e bem sucedido trabalho de renovação processado pelo treinador Paulo Autori. Com aquele seu jeitão de porta-voz do Vaticano, tem tentado explicar as razões que levam o time a ser tão inoperante fora da Arena se, quando joga perante a torcida mostra-se taticamente bem organizado e ataca com objetividade.

Não foi diferente na difícil vitória sobre o Cruzeiro, que exigiu bastante esforço da defesa rubro-negra, especialmente no segundo tempo quando até acertou bola no travessão da meta de Weverton.

Mas, graças ao empenho de todos e a habilidade do atacante Pablo, e a involuntária participação do ex-atleticano Manoel, a vitória foi merecida.

Se conseguir o poder de superação para somar três pontos em cima do desesperado Vitória, em Salvador, dará passo importante para a classificação.

Wilson garantiu

O Botafogo sabia que o Coritiba vem jogando com muita determinação, mas não contava com uma atuação tão espetacular do goleiro Wilson no 0 a 0 no Eestádio Luso-Brasileiro. Por favor, aquilo não é arena nem aqui, nem na China.

Desgastado pela viagem à Colômbia, desfalcado de jogadores importantes lesionados e sofrendo forte pressão do adversário, o Coxa teve de se virar para não sofrer gol. E Wilson foi absolutamente inexcedível com uma magistral performance. Ele evitou que o Botafogo vencesse a partida.

Sugiro que o torcedor coxa-branca preste mais atenção no venezuelano César González. Ele é do ramo e pode firmar-se como titular no time de Carpegiani.

Agora é preparar-se para pegar o Galo.

Série B

O Paraná livrou-se do tormento com a goleada no Bragantino, mas o Londrina caiu para sexto lugar após no com o Criciúma.

Se a diretoria paranista pensa em planejar com um pouco mais de competência o futebol para o ano que vem, pode começar agora, desde que esteja convencida de que o homem é mesmo Roberto Fernandez.

Quanto ao Tubarão, vai precisar confirmar os três pontos sobre o Paysandu, nesta terça, no estádio do Café e torcer para que a combinação de resultados da rodada lhe favoreça.