O povo brasileiro tem se perguntado onde estão as raízes da corrupção, esse grande mal do nosso país.
Elas vêm de longe. Nos últimos anos, depois de criminalizar a política, parece que estão tentando politizar o crime.
Para tentar entender o drama, recomenda-se dar uma olhadinha em luminoso capítulo do livro Um estadista do Império, biografia de Joaquim Nabuco. Analisando o quadro brasileiro na década de 1870, ele aponta com eloquência as origens do mal: “Desde o princípio, o calor, a luz, a vida para as maiores empresas, tinha vindo do Tesouro. Em todo tempo, as grandes figuras financeiras, industriais do país tinham crescido à sombra da influência e proteção que lhes dispensava o governo; esse sistema só podia dar em resultado a corrupção e a gangrena da riqueza pública e particular. Daí a expansão, cada vez maior, do orçamento da dívida; a crescente indiferença e relaxação, por fim o aparecimento dos impropriamente chamados ‘advogados administrativos’, reduzindo a política a súdita do interesse particular”. E por aí vai.
A corrupção existe desde tempos imemoriais no mundo. Porém, nos últimos tempos adquiriu robustez e números impressionantes.
Basta verificar, por exemplo, os resultados do balanço financeiro da Fifa no ano passado: com um faturamento de R$ 4,1 bilhões a entidade que controla o futebol fechou com prejuízo de R$ 445 milhões. Também pudera, com tantas falcatruas e um rosário de cartolas presos ou afastados dos seus cargos.
A falta de ética e a promiscuidade cresceram no futebol com a globalização e os grandes interesses econômicos colocados em jogo nas últimas três décadas.
A cobiça, a ânsia de enriquecimento a qualquer preço, o tráfico de influência e a roubalheira desenvolveram-se com os vícios de formação de todos os regimes políticos criados pelo homem.
Atletiba
O maior clássico do futebol paranaense sempre foi um divisor de águas.
No último Atletiba, vencido pelo Coritiba no Alto da Glória, o time alviverde ganhou o impulso necessário para evitar o rebaixamento nacional. O Atlético, com o incrível gol perdido por Walter e a derrota inapelável, afastou-se definitivamente dos primeiros colocados.
Vencer o Atletiba significa muito. É uma espécie de subtítulo do campeonato. Ou seja, o time pode até não se tornar campeão, mas o torcedor se sente recompensado com a alegria proporcionada pelo triunfo no clássico.
O jogo de logo mais não será diferente.
Gilson Kleina conhece o peso do embate e Paulo Autuori talvez ainda não imagine o significado que terá uma vitória para alavancar o seu trabalho no restante da temporada.
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