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O futebol brasileiro encanta o mundo há muito tempo. Foi na Copa de 1938 que os amantes do futebol descobriram a seleção brasileira.

Graças a craques como Domingos da Guia, Tim, Patesko e Leônidas da Silva – o homem da bicicleta que se tornou artilheiro do mundial – o Brasil passou a ser cultuado como potência futebolística.

Com a paralisação da Copa por conta da guerra, só em 1950 a seleção voltou a deslumbrar com as espetaculares jogadas de Zizinho, Ademir, Jair e outros. Mesmo sem ganhar o título, ela saiu engrandecida até que, à partir de 1958, as coisas mudaram com a arte de Didi, Garrincha, Pelé e outros até a conquista do tricampeonato em 1970 com os mágicos Gerson, Tostão, Jairzinho e Rivelino ao lado do rei Pelé.

Foram anos de ouro que, mesmo sem título, perduraram até a Copa de 1982, comandada pelo grande mestre Telê Santana, morto nesta sexta-feira.

Curiosamente, mesmo eliminada, aquela foi a única equipe considerada próxima do nível técnico daquela que ganhou o tricampeonato. Revirando os meus alfarrábios retirei algumas declarações da época: "Só existe um campeão. É o Brasil", Johann Cruyff, ídolo holandês depois da eliminação brasileira; "Mama mia, que toque de bola!", Di Stéfano, depois da goleada do Brasil sobre a Nova Zelândia; "O Brasil foi perfeito", Enzo Bearzot, técnico da Itália, após a vitória brasileira sobre a Argentina; "Acabou-se o samba e os amantes do bom futebol podem ir para casa", manchete do jornal El Mundo, de Madri, depois da derrota para os italianos; "Parte o Brasil, parte o futebol", manchete do Correio da Andaluzia, de Sevilha.

Na Copa da Espanha, em 1982, no jogo Itália e Argentina, o italiano Gentile fez 28 faltas em apenas um jogador, Maradona, recorde até hoje inalcançado. Foi com esse estilo de jogo, marcação implacável e gols apenas nos contra-ataques que a Itália venceu o Mundial em que o Brasil deixou saudades com o seu futebol-espetáculo.

Dali em diante a seleção escolheu o caminho do futebol de resultados que acabou funcionando na conquista do tetra, em 1994. Porém, mesmo tetracampeã, aquela seleção não figura entre as melhores.

Na conquista do penta as coisas foram um pouco melhores, mais bem pouco, pois o time jogou e ganhou na conta do chá, contando com falhas e má sorte dos adversários nas fases decisivas.

Agora, todos esfregam as mãos e esperam ver, de novo, o futebol-espetáculo nas asas do talento de Ronaldinho Gaúcho e companhia.

Claro que o importante é vencer e ganhar o título, mas os apaixonados pela arte do futebol sempre sonham com um pouco mais por parte da Seleção Brasileira. A atual geração tem tudo para entrar na história tanto quanto aquelas do tricampeonato e da Copa perdida em 1982.

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