Uma das características mais regulares do atual futebol brasileiro é, justamente, a irregularidade. Vemos um admirável Ganso, numa quarta, para revermos um discreto e distraído Ganso no domingo. Vemos um participativo Fred, em dois jogos, para revermos um claudicante Fred na partida seguinte. Vemos um Galo aguerrido contra a maioria, e frangote em pleno terreiro frente ao líder.
Vemos um pouco mais: Flamengo, Palmeiras e o Furacão ameaçando reações retumbantes para desmoronarem nas rodadas seguintes. Quando parece que a dupla Grenal vai decolar, patina e não sai do lugar. Mas tem o lado positivo dessa maratona que se aproxima do final: as arrebatadoras campanhas de Santos e Ponte Preta no returno.
Joinville e Vasco parecem inexoravelmente rebaixados e Goiás e Coritiba fazem um dueto na troca de posições, apostando nos tropeços de Avaí e Figueirense na desesperada luta contra o rebaixamento.
Com um time bem entrosado e, por isso mesmo, colocando a faixa de campeão com larga antecedência só mesmo o Corinthians. Sua diretoria demonstrou rara competência ao afastar os jogadores com salários mais elevados e, tecnicamente improdutivos, abrindo espaço para diversas revelações mescladas a algumas contratações pontuais. A melhor sacada foi a aquisição do paranaense Jadson na troca com o instável Alexandre Pato. Parecendo transformar-se em clube de negócios e paraíso de empresários, como os demais que não se firmam em nenhuma competição, o São Paulo não teve olhos para aproveitar Jadson, hoje, o jogador mais importante do futuro campeão.
Os 20 pontos que separam o primeiro colocado do quarto – o Santos – refletem claramente o desequilíbrio do nosso futebol nesses tempos de crise.
A diferença é significativa e eleva ainda mais o respeito pelo eficiente trabalho dos dirigentes corintianos e do técnico Tite.
Mesma batida
Entra ano, sai ano, promessas se desfazem como fumaça ao vento e a dupla Atletiba segue na mesma batida: ambos lutando apenas para segurar-se na Série A.
O Atlético ainda apresentou alguns espasmos de sucesso, como na boa campanha de 2013, quando ficou em terceiro lugar no campeonato e decidiu o título da Copa do Brasil. Quase repetiu a dose neste ano, porém sucumbiu diante da política equivocada nas contratações de reforços. Quando apertou, o time desmoronou e quem pagou o pato foi o performático Milton Mendes.
O Coritiba vem lutando há anos contra o fantasma da desclassificação. Também pudera. Contrata aos magotes jogadores veteranos, outros em declínio técnico e por não prestigiar as revelações da base revive o incômodo transe.
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