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Ao ler nesta Gazeta que o jogo entre Belgrano e Coritiba, pela Copa Sul-Americana não terá transmissão da televisão, logo recordei da época dourada do rádio esportivo.

Sem dúvida o rádio é o principal veículo de comunicação. A televisão é poderosa, coloca na sua casa som e imagem, tem um grande poder de influência. No entanto, o rádio ainda atinge maior número de pessoas, pois atende os ouvintes em casa, na cidade, no campo, no trabalho, no trânsito engarrafado, nas caminhadas pelos parques, enfim ele continua sendo um grande companheiro.

Nos últimos quinze anos, o rádio esportivo perdeu terreno na dura concorrência com os canais abertos e pagos que transmitem praticamente todos os eventos.

O futebol banalizou-se como espetáculo diante da oferta excessiva. Como coincidiu com a queda do nível técnico do futebol brasileiro, os jogos pela TV se tornaram enfadonhos, mas o rádio já estava ferido pela perda de audiência e, consequentemente, de patrocinadores.

Como sou da época de ouro do rádio, com mais transmissões exclusivas do que com televisão, torço que os colegas realizem bom trabalho nesta noite.

O Coxa no rádio pode ser mais emocionante do que ao vivo.

Arrumação

Tempos estranhos no futebol atleticano. Foi construída a fantástica nova Arena da Baixada com a promessa de que o time seria prioridade absoluta. Porém, mesmo programado com larga antecedência pela CBF, o clássico Atletiba corre o risco de ser realizado em outro local por causa de um show.

Afinal, como é que fica o sócio torcedor?

Esse mesmo torcedor que sofre com a irregularidade da equipe na luta por uma vaga na Libertadores. Nem falo da ambição de conquistar o título nacional, apesar de que com as três contratações sugeridas antes de o campeonato começar – um ala esquerdo, um meia armador e mais um goleador de verdade – com a base criada por Paulo Autuori, não seria impossível.

Agora se fala na manutenção dos jogadores mais experientes para a arrumação do time do ano que vem.

Dos quatro jogadores citados – Thiago Heleno, Paulo André, André Lima e Luan – todo o esforço deveria se concentrar apenas em Thiago Heleno, que faz lembrar zagueiros do padrão de Bianchi, Celso, Heraldo, Gustavo, Nem, Rogério Corrêa e mais alguns poucos.

Um clube cuja origem e única finalidade é o futebol, precisa pensar na atividade com amor e absoluto profissionalismo. Amor, para manter acesa a paixão do torcedor com gestos e iniciativas que agradem a maioria que se dispõe a frequentar o clube; profissionalismo, porque com personalismos e rompantes emocionais nenhum time consegue sucesso no futebol.

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