Enfrentando um adversário tecnicamente mais forte e que vem mantendo ritmo de competição em alto nível nas últimas temporadas, o Atlético teve de usar a inteligência e o esforço físico para vencer. E venceu em jornada na qual o Furacão superou-se com esquema tático bem montado por Milton Mendes que emperrou as manobras do Galo.
Zagueiros e médios se multiplicaram em campo. O time mineiro teve maior volume de jogo, mas não conseguiu chegar com perigo à meta paranaense. Ao contrário, as jogadas mais agudas foram do Furacão, destacando-se o procedimento de Nikão que foi à linha de fundo e cruzou para Douglas Coutinho completar com sucesso.
Na etapa final o assédio mineiro aumentou de intensidade, porém a entrega dos atleticanos locais foi total, com muitos sentindo cãibras e doando-se fisicamente ao máximo para não decepcionar o público na Arena da Baixada.
Nos contragolpes, o goleiro Victor funcionou como último zagueiro para evitar o segundo gol rubro-negro.
No final, uma expulsão sem sentido de Walter, que apenas reclamou de uma cotovelada que levou no rosto sem que a arbitragem tivesse registrado, serviu para confirmar o nervosismo do jovem e exibicionista apitador paulista.
Faltou pouco
O Coritiba voltou a perder como visitante, mas desta feita faltou pouco para alcançar pelo menos o empate.
O Sport foi superior no primeiro tempo e aproveitou uma lambança coletiva da zaga alviverde para marcar o gol da vitória. Os alas Norberto e Ivan não estiveram bem no apoio às iniciativas ofensivas, da mesma forma que Thiago Galhardo deixou a desejar no cumprimento de suas tarefas.
No segundo período, o técnico Marquinhos Santos resolveu atacar com as velas despregadas, substituindo meias por atacantes. Houve uma bola no travessão da meta pernambucana e o arqueiro Danilo evitou o empate praticando difícil intervenção. No final, Paulinho quase igualou para o Coxa. Mas não teve jeito e o Sport ganhou, assumindo a liderança do campeonato.
Vacilo na Vila
Que o Paraná não se apresentava bem era consenso geral, mas estava muito próximo da sofrida vitória. Porém, os zagueiros não precisavam ficar marcando a bola com os olhos, permitindo que o Boa Esporte chegasse ao empate no fim da partida.
Tão preocupante quanto o vacilo do time na Vila foi o anúncio do ídolo Lúcio Flávio de que não aceita reduzir o salário e está disposto a deixar o clube. Não há no escasso mercado interno um jogador com as suas características especiais de armador e lançador de bolas em profundidade para os atacantes, além de exímio cobrador de faltas.
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