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A origem dos Jogos Olímpicos, como se sabe, foi a maratona e, a partir dela, os esportes individuais tornaram-se a nobreza das competições.

Hoje, os esportes dominantes no mundo são os coletivos: futebol, basquete, vôlei, beisebol e outros. Mas, historicamente, isso é bem recente.

Na Grécia Antiga não existiam os esportes de equipe. Eles passaram a ser importantes com a era industrial na Inglaterra e, a partir da segunda metade do século 19, no resto do mundo.

Com o advento dos Jogos modernos, na inspiração do barão Pierre de Coubertin – que ficaria ruborizado com o grau de profissionalismo do esporte e suas conseqüências –, os jogos de equipe foram ganhando espaço.

Quando o Uruguai conquistou o bicampeonato olímpico do futebol nos Jogos de 1924 e 1928, o francês Jules Rimet, presidente da Fifa, teve a idéia de criar uma Copa do Mundo de futebol. E, dois anos depois, tendo o Uruguai como sede foi realizada a primeira Copa do Mundo com absoluto sucesso.

Naquela época os organizadores das Olimpíadas se preocupavam com a popularização do futebol, que ganhava mais destaque que as demais modalidades. Mas o motivo de preocupação não era apenas a paixão popular pelo futebol em detrimento das modalidades individuais, que sempre representaram a ênfase dos Jogos. Existia, isto sim, a suspeita de que jogadores de futebol fossem profissionais e não amadores, como recomendava o espírito olímpico.

O clímax dos Jogos continuam sendo as disputas no atletismo, na ginástica e na natação, mas são o futebol, o basquete, o vôlei e o hóquei que arrastam as multidões aos estádios e aos ginásios. Apesar de existirem competições coletivas no atletismo, na ginástica e na natação, elas estão voltadas para o indivíduo.

O novo futebol

Surgiu, nos últimos quinze anos, o novo futebol. Ou, pelo menos, uma nova forma de encarar o futebol como negócio muito acima do que a mera disputa pela bola dentro de campo.

A revolução deu-se na Inglaterra, primeiro, com a criação da Liga dos Clubes, substituindo a velha Federação que organizava os campeonatos nos mesmos moldes que são praticados no Brasil; segundo, com a transformação efetiva dos clubes em empresas, algo que não aconteceu e, pelo andar da carruagem, ainda vai levar muito tempo para acontecer no futebol brasileiro.

Um inglês de 53 anos, Peter Kenyon, escreveu uma história de sucesso no futebol ao transformar o Manchester United no clube mais rico do mundo, superando os tradicionais Real Madrid, Barcelona, Juventus, Milan e Internazzionale.

Agora ele foi contratado para fazer do Chelsea, de Londres o número um do planeta. Kenyon é considerado um homem arrogante por causa de suas bravatas e frases de efeito. A última causou alvoroço na Inglaterra: "O Manchester é o passado, o Chelsea é o futuro".

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