O gol de Biteco no triunfo do Paraná sobre o Vitória, em Salvador, significou mais do que simplesmente uma rede balançando.
Em um futebol invadido pelo espírito mercantilista de dirigentes, técnicos e jogadores cercados por patrocinadores, empresários, agentes, redes de TV disputando os espaços e interesses políticos e comerciais da maioria dos gestores, o campo de jogo é a grande tela reconhecível em que a ação humana, o acaso e o destino contracenam de maneira lúdica e trágica, épica e dramática, cômica e lírica.
Com todo o peso do mercado e dos negócios que passaram a dominar o esporte, o campo é ainda a medida humana, coletiva e individual, física e mental, que testa os limites, as emoções e os sentimentos.
Em certa medida, o futebol torna verificáveis os valores e os méritos que a vida embaralha, confunde, oculta, perverte.
Sensibilizado pela trágica morte do irmão Matheus Biteco, no acidente aéreo que vitimou a Chapecoense, o jovem Guilherme Biteco foi tomado por incontida emoção ao marcar o gol paranista.
Ele extravasou toda a dor reprimida na celebração do feito dirigindo-se à memória do irmão desaparecido.
Mais do que um lance, o gol de Biteco foi uma explosão de sensação estimulada pelas circunstancias da vida. Isto é alma, isto é vida, isto não tem preço !
Na alegria, no choro, no estimulo emocional, Guilherme Biteco mexeu com todos ao ponto de sensibilizar a torcida tricolor que se deslocou ao aeroporto Afonso Pena para homenageá-lo, assim como toda a equipe que tem apresentado um futebol correto nesta temporada.
Rodada
Foi uma rodada “démi-bombe”, na qual a dupla Atletiba andou no fio da navalha para dar um vexame completo.
O Atlético salvou-se pelo primeiro tempo, empurrado por cerca de 15 mil pessoas, quando fez dois gols e poderia ter feito mais não fosse a falta de habilidade dos atacantes.
No segundo tempo, como tem sido comum nos jogos na Arena da Baixada pela Libertadores, o time parou e submeteu-se aos desígnios do adversário que diminuiu e, por pouco, não chegou ao empate. Nos contragolpes, o Furacão teve a chance do terceiro, mas ficou no placar de 2 a 1 diante do esforçado Londrina.
A vantagem atleticana agora é jogar pelo empate para emplacar mais uma final de campeonato em sua longa história.
Pior o Coritiba que perdeu para o Cianorte e foi totalmente dominado pelo adversário. Parece que nada funcionou no planejamento de Pachequinho.
Foi o que o comentarista Guilherme de Paula, da Transamérica, contou aos ouvintes, entre eles eu.
Na volta, o Coxa terá de fazer por onde a fim de impor-se ao Cianorte no Alto da Glória.
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