O iluminado

O Coritiba conseguiu a primeira vitória como visitante na última rodada do Turno. O resultado vai ajudar muito para recuperar a confiança da equipe em uma possível ampla recuperação no Returno.

O maior mérito do treinador Ney Franco até agora tem sido na parte psicológica, no trabalho de reabilitação moral do grupo bastante criticado ao longo do campeonato.

O jogo foi tecnicamente fraco entre os dois últimos colocados na classificação, mas pela necessidade os times foram à luta e criaram diversas situações para a marcação de gols. O drama foi acertar o alvo – ao ponto de o colombiano Riascos ter recebido a bola de frente para a meta adversária e, ao tentar completar o lance, chutar no próprio braço, no melhor estilo comédia pastelão.

Para desespero da torcida do Vasco presente no Maracanã, ao apagar das luzes, eis que surge mais uma vez o garoto Evandro, que substituiu Henrique Almeida, para fazer o gol salvador do Coxa e derrubar o técnico Celso Roth.

Como diz o antigo provérbio chinês “Se o cavalo ganhar uma vez: sorte ! Se o cavalo ganhar duas vezes: coincidência ! Se o cavalo ganhar três vezes: aposte no cavalo!”. Foi a quarta vez nos últimos cinco jogos que o iluminado Evandro assinalou gol decisivo. Apostem nele !

Só faltou o gol

O Atlético moeu o Santos no segundo tempo e só faltou o gol para coroar a boa apresentação do time de Milton Mendes.

Se na etapa inicial os santistas conseguiram equilibrar as ações, foram engolidos na etapa complementar e escaparam por muito pouco da derrota. O empate foi tremendamente injusto pelo volume de jogo e pelo domínio dos atleticanos.

Ricardo Oliveira desperdiçou pênalti inventado pelo árbitro e depois acertou uma bola na trave de Weverton em grande noite. A interpretação das penalidades máximas chegou ao clímax do ridículo no futebol brasileiro, pois na mesma partida Vilches meteu a mão na bola de maneira muito mais acintosa do que Kadu e nada de o juiz apitar. Depois, um zagueiro santista interceptou a bola com o braço e também nada de apito. Pior foi no clássico paulista, em que o zagueiro do Corinthians espalmou a bola na grande área e até agora o São Paulo reclama do pênalti não marcado.

Voltemos ao jogo bem disputado na Arena da Baixada, no qual o Furacão começou modificado tanto no plano tático quanto técnico e saiu-se bem. Pena que Marcos Guilherme tenha sido infeliz na jogada mais bonita da noite e finalizado para fora depois de ter amassado a defesa do Santos.

Houve muitas outras chances, porém o goleiro Vanderlei evitou a queda de sua cidadela, garantindo o empate sem gols.