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Mesmo envolvidos na fase aguda da Liga dos Campeões os principais times europeus colocam em campo os melhores jogadores nos campeonatos nacionais.

O que mais chamou a atenção foi o Barcelona, desafiado a reverter o placar favorável ao PSG, que mesmo assim jogou com a equipe principal e goleou o Celta com gols de Messi, Neymar e outros.

Se existe uma coisa, entre tantas outras, que expressa muito bem este momento sombrio do futebol brasileiro é a mania de as comissões técnicas pouparem titulares nos estaduais.

Mesmo em nome de compromissos na Copa Libertadores ou na Copa do Brasil tidas, com razão, como competições mais rentáveis e com maior apelo popular.

Porém, a Liga dos Campeões é o torneio mais importante do planeta e nem por isso os treinadores dos maiores times desprezam as partidas domésticas. Antes, pelo contrário, os nacionais são super prestigiados, altamente rentáveis, com os estádios sempre cheios, patrocínios milionários e grandes verbas das redes de televisão. Acima de tudo está o respeito ao público consumidor que paga pelo espetáculo.

Por aqui, o lado oposto do futebol de negócios estreitou a visão comercial com a desatenção aos estaduais que, bem ou mal, fazem parte do esdrúxulo calendário da CBF.

O Atlético nem sequer mandou o técnico Paulo Autuori para o compromisso em Foz do Iguaçu. Seguiu o auxiliar Bruno Pivetti com uma escalação do time reserva do reserva que acabou derrotado.

Nem mesmo o Paraná, que luta desesperadamente por uma ampla reabilitação em todas as frentes do negócio chamado futebol, fugiu da nova ordem dos técnicos e preparadores físicos: mandou um time suplente para jogar com o Rio Branco. Menos mal que conseguiu vencer em uma partida fraca na Vila Capanema.

Além das recentes pesquisas que alertam para a drástica redução de torcedores no futebol brasileiro – a massa sem identificação com algum clube já divide o mercado com aqueles que se dizem torcedores – verifica-se claramente a queda do padrão técnico dos times.

O futebol brasileiro, tão desprovido de grandes jogadores e, portanto, de qualidade técnica, começou a celebrar determinados “reforços” e “contratações”, assim com aspas, como se representassem a solução para as combalidas equipes.

Qualquer uma dessas contratações e qualquer um desses reforços são saudados pela imprensa esportiva com uma euforia quase sempre juvenil.

Por estas e outras que alguns jogadores, como Kléber, do Coritiba, por exemplo, aproveitam a fama e gostam de falar.

Esses jogadores estacam-se mais como oradores de vestiário do que como ídolos que convencem os torcedores com regularidade nas atuações.

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