A goleada e, sobretudo, a excelente exibição da Argentina mexeu com o torcedor brasileiro e, conseqüentemente, aumentou a pressão sobre o time de Parreira.
Muito se falou do baixo rendimento da dupla Ronaldo e Adriano, mas pouco se disse sobre as condições táticas em que eles jogaram contra a Croácia.
Ou seja, alguém examinou a estatística do jogo para verificar quantos passes ou lançamentos foram feitos para a dupla em condições de finalização? Ou quantas bolas Adriano e Ronaldo receberam à feição para o arremate?
Poucas e pode continuar assim pelo fato de o time não contar com um meia-armador, mas, sim, com dois meias-pontas-de-lança: Kaká e Ronaldinho Gaúcho.
Ambos são craques consagrados, exímios nas funções que desempenham dentro de suas características, porém não armam o ataque como seria recomendável para uma equipe que atua com dois avantes entre os zagueiros adversários.
Para o chamado quadrado mágico funcionar é preciso que todos estejam no mesmo nível técnico e físico, que não é o caso de Ronaldo e, até que se prove o contrário, de Adriano também.
O quadrado mágico brasileiro é um tipo de carrossel, dentro do qual todas as peças precisam funcionar de forma sincronizada, apoiadas pela ação dos alas Cafu e Roberto Carlos. Mas não foi isso o que se viu na partida de estréia.
Cabe lembrar que, historicamente, a seleção jamais ganhou uma Copa jogando com dois avantes fixos e sem um meia-armador, tipo cérebro do time. Senão vejamos: nas campanhas dos cinco títulos os avantes foram Vavá, duas vezes, Tostão, Romário e Ronaldo. Os meias de ligação foram Didi no bicampeonato, Gerson na organização do tri, Zinho na armação do tetra e Rivaldo o maestro do penta. E, agora, quem é que pára a bola, levanta a cabeça e coloca ordem no meio-de-campo ?
Se o carrossel funcionar será uma beleza, do contrário em vez de Robinho, Parreira deveria pensar em Juninho para organizar a meia-cancha e executar o trabalho de aproximação com o centro-avante. Sem esquecer, é claro, de que jogando com dois avantes enfiados, a seleção sempre vai parecer que tem um homem a menos em campo. E pode ter mesmo, pois Ronaldo e Adriano ocupam praticamente o mesmo espaço.
Mas não se preocupem com estratégias, pois basta ganhar da Austrália, se possível com mais de um gol de diferença, para que a mídia volte a rufar os tambores em torno do quadrado mágico.
E, até mesmo, ache que Ronaldo emagreceu durante a semana.
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