• Carregando...

O tema futebol é vasto e muito rico, pois os apaixonados podem tratar do presente ou dar um mergulho no passado, tornando, certamente, a conversa mais atraente, ampla e profunda.

Outro dia, em reunião com amigos, depois de abordarmos diversos temas, entramos no futebol e na qualificação do melhor time do mundo.

O Barcelona foi unanimidade, claro, porém o seu time co­­me­­ça a emitir sinais de desgaste, especialmente no setor de­­fensivo. Mas é indiscutível que o Barça de Guardiola está no lugar que merece: o melhor time do momento e um dos me­­lhores de todos os tempos.

A ideia não é compará-lo com as equipes inesquecíveis do passado, pois cada uma delas teve características próprias e nenhuma foi perfeita.

Se pudéssemos colocar o Barcelona de hoje em um videojogo seria interessante vê-lo en­­frentar-se em campeonatos imaginários contra o Santos de Pelé, o Real Madrid de Di Ste­­fa­­no, o Bayern de Becken­­bauer, o Ajax de Cruyff ou o Milan dos holandeses.

A sensação do momento para muitos é de que o Barça bateria a todos, impondo o seu jogo personalíssimo de intermináveis trocas de passes sempre objetivando chegar ao gol. Tocando a bola e buscando es­­paços, destruindo os seus rivais animicamente.

Para outros, entretanto, os grandes times que entraram para a história poderiam reduzi-lo a uma pálida versão de si mesmo.

O Real Madrid capitaneado por Di Stefano ganhou cinco copas europeias seguidas em uma referência histórica dos anos 1950. Tinha ainda Puskas, Gento e Kopa e dominou o futebol europeu como nenhum outro time fez.

O Santos com Pelé na plenitude, mais seus sócios Zito, Dorval, Mengalvio, Coutinho e Pepe, dominou o futebol no inicio da década de 1960.

O Ajax revolucionou o seu tempo na década de 1970, com a aparição de Cruyff como estandarte de uma geração brilhante que ganhou todos os títulos e foi a base do futebol moderno que originou a célebre Laranja Mecânica.

O Bayern destacou-se na mesma época, com o chamado futebol-total, e o Milan dos ho­­landeses Rijkaard, Van Basten e Gullit foi campeão de tudo.

Atualmente os amantes do futebol lindo têm toda uma vida para enumerar as virtudes deste Barcelona que jamais deprecia a bola. Os fanáticos da preparação física se rendem ante a superioridade atlética que mostram os seus jogadores perante os adversários, sem abrir mão do toque nem da posse da pelota.

Os mais entusiasmados pelo futebol científico falam do circuito defensivo perfeito, que usa um pivô – Mascherano – para inserir-se entre os médios, liberando os alas.

Dani Alves, Iniesta, Xavi, Messi, Pedro, Villa e agora também Fábregas se encarregam de executar o show de bola que todos esperam.

Mas não esqueçamos os espetáculos do passado e continuemos dando asas à imaginação.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]