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O século 21 mal completou uma década e meia, mas já sacudiu o mundo em praticamente todas as regiões. O pontapé inicial foram os ataques terroristas contra os Estados Unidos, com a destruição do World Trade Center, seguindo-se guerras ou múltiplos atentados com pano de fundo religioso, que custaram a vida de milhares de pessoas.

Tempos difíceis para muita gente, que também sente os efeitos das impressionantes transformações climáticas como reação da natureza.

Os amantes do futebol passaram a assistir a dolorosa transição perpetrada nas estruturas da Fifa e das confederações continentais e nacionais.

Após, graves denúncias, prisões e suspensões de dirigentes até outro dia recebidos com tapete vermelho por reis, presidentes e ditadores.

Mesmo suspensos por oito anos de todas as atividades relacionadas ao futebol, Joseph Blatter e Michel Platini ainda podem, pelo menos, ir aos estádios para verem jogos. Desde que paguem por seus ingressos.

A punição infligida pelo Comitê de Ética da Fifa, no final do ano, proíbe os cartolas de terem qualquer atividade relacionada com o futebol, incluindo administrativas e desportivas. Ou seja, para ir aos jogos não podem usar de seus cargos para frequentar camarotes reservados ou tribunas de honra nos estádios.

Blatter não pode voltar ao seu escritório na Fifa e Platini não pode voltar ao seu gabinete na Uefa.

Ambos receberam as suspensões sob protesto e tentam revertê-las. Platini acionou o Tribunal Arbitral do Esporte – TAS, em inglês –, mas a Fifa avisou que, para fazê-lo, antes o francês teria de recorrer ao Tribunal de Apelação da entidade.

Acabou desistindo do projeto de presidir a organização que comanda o futebol mundial.

Por aqui, sem um pingo de vergonha da opinião pública e de respeito aos filiados, o presidente da CBF luta como leão para manter-se no cargo. Enquanto isso, os seus filhotes – os vices da entidade nacional – afiam as garras para levar adiante a batalha nos bastidores.

Omissos, os clubes assistem ao esfacelamento ético e moral da CBF.

A alternativa da Primeira Liga seria animadora, desde que os grandes clubes paulistas conseguissem se livrar do esquema armado por Marco Polo Del Nero.

O panorama não é nada animador para o ano que principia, porém sempre existe a esperança de que as coisas mudem, afinal os grandes patrocinadores internacionais cogitam criar uma Liga dos Campeões da América, inspirada no extraordinário sucesso da Liga dos Campeões da Europa.

A “América Champions League” reuniria os melhores times do Canadá ao Uruguai, com divisão de forças conforme o peso futebolístico e mercadológico de cada país.

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