O paranaense Alexandre Pato foi lançado pelo Internacional numa partida com o Palmeiras e em poucos minutos, graças às belas jogadas que realizou, virou celebridade.

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No embalo da conquista do título mundial interclubes, o Internacional ganhou as manchetes e projetou os seus jogadores de maneira extraordinária. Os melhores foram rapidamente vendidos para o exterior e, entre eles, o jovem Pato.

Recepcionado pela torcida do Milan como craque pronto e acabado, o atacante jogou ao lado de Ronaldo, Kaká, Seedorf e outros jogadores famosos, mas não conseguiu chegar ao título e muito menos livrar o time italiano do fracasso da não classificação para a Liga dos Campeões.

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Na seleção brasileira, nas poucas oportunidades de jogar, pouco se destacou. Na verdade, ele se destacou pelo golaço marcado na magra vitória do selecionado em amistoso com a Suécia.

Nos Jogos Olímpicos, as suas atuações têm sido discretas e já se comenta a possibilidade de ele vir a perder a posição de titular.

Este é o perigo do endeusamento prematuro alimentado pela mídia e promovido pelos interesses comerciais de dirigentes de clubes, empresários e investidores em geral.

Se colocarmos, por exemplo, o humilde Keirrison lado a lado com o badalado Alexandre Pato, vamos verificar que o goleador do Coritiba possui maiores recursos técnicos, mais habilidade no domínio e no toque na bola e faro de gol superior. Só que, Keirrison sofreu duas lesões graves nos últimos três anos, e não dispõe do arsenal promocional que elevou Alexandre Pato a condição de mito do futebol mundial antes mesmo de ter mostrado todo o seu repertório dentro de campo.

O bolo atleticano

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Mário Sérgio, escudado pelo competente e famoso preparador físico Moraci Sant’Anna, estréia, amanhã, na direção técnica do Atlético, como a quarta tentativa durante o atual Campeonato Brasileiro.

A diretoria do Atlético mudou a fôrma, mas o bolo continuou o mesmo. Aliás, quando Ney Franco estava embalado para tornar-se campeão estadual com amplo favoritismo, os dirigentes lhe tiraram alguns ingredientes e o bolo perdeu o ponto. O Coritiba fez a festa na Arena.

Foi contratado Roberto Fernandes e, na mudança da fôrma, usaram farinha estragada para fazer o bolo. E o estrago foi grande, pois custou a cabeça do cientista do departamento de futebol, do próprio diretor de futebol, do técnico, do preparador físico e até mesmo do departamento médico inteiro.

Mário Sérgio e Moraci Sant’Anna estão desafiados a acertar a fórmula do bolo atleticano mesmo com pouco tempo para trabalhar, já que os resultados positivos tornaram-se indispensáveis para não quebrar a fôrma.

O time tem problemas de toda ordem, num arco que vai do deficiente condicionamento físico da maioria à falta de padrão de jogo do conjunto.

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