O Natal era época propícia para reconciliações, perdões e outros gestos de boa vontade. Deixou de ser. E deixou de ser simplesmente porque muita gente importante perdeu a vergonha na cara e não merece nenhum tipo de consideração por parte do povo.
Depois de assistir a tantos truques, discursos demagógicos, gestos de efeitos especiais e tudo o mais que, no futebol mundial, se exibe como se fosse um cenário de ópera bufa protagonizada por medíocres histriões.
O banimento por oito anos de dois dos principais personagens do mundo futebolístico significa a consagração do portal da indecência.
O futebol inseriu-se, definitivamente, na dança do diabo em que se transformou o nosso até outro dia inocente e apaixonante joguinho da bola. Os cartolas da Fifa, das confederações continentais e da CBF mentiram e se locupletaram à vontade nos últimos anos.
De cara limpa, pois além de tentarem encobrir bandalheiras, afrontaram a inteligência do cidadão debochando de sua capacidade de discernimento.
E eles continuam aprontando, tanto que um pau-mandado da Federação do Pará assumiu a vice-presidência da CBF, esquentando o lugar do licenciado Marco Polo Del Nero.
Agora que a Fifa suspendeu por oito anos os chefões Joseph Blatter e Michel Platini foi escrito mais um triste capítulo da triste história em que se transformou a antiga alegria do povo.
Mas, Joseph “Sepp” Blatter saiu atirando e promete vender caro o seu lugar no trono do futebol internacional.
Balanço geral
Fim de ano, fim de feira, é tempo de balanço geral.
Restou pouco para o torcedor comemorar. O melhor veio do interior com a conquista do título estadual pelo Operário, de Ponta Grossa, depois de cem anos na fila. E pela ascensão do Londrina a Série B.
Os times da capital ficaram devendo.
Houve um festival de incapacidade explícita na gestão do departamento de futebol do trio.
O Paraná contratou uma batelada de jogadores sem que conseguisse sair do lugar. Não ganha mais títulos e estacionou na Segunda Divisão nacional.
O Coritiba também promoveu uma série de contratações equivocadas, algumas com valores elevados para quem convive há tanto tempo com os cofres vazios. Novamente escapou por pouco do rebaixamento.
O Atlético superou o próprio recorde na troca insana de treinadores. O time mudou de comando a cada dois meses e, obviamente, os resultados foram profundamente negativos em todas as competições.
No Brasileiro, teve lampejos de alegria, graças ao trabalho do técnico Milton Mendes e ao talento individual de alguns jogadores que podem representar a base para a reconstrução no próximo ano.
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