A recuperação plena do Campeonato Paranaense só se dará após a realização dos três maiores clássicos.
Enquanto a mídia considerar público abaixo de 10 mil pagantes satisfatório, o Estadual ainda não recuperou o prestígio perdido.
A meu ver, se o torcedor responder positivamente nas bilheterias e as equipes apresentarem técnica satisfatória, aumentará a possibilidade de uma fase final mais emocionante.
O Paraná, como mandante, terá a responsabilidade de lotar a Vila Capanema, domingo, no compromisso com o Atlético. Além disso, mesmo mantendo-se na liderança, terá de lutar pela reabilitação.
Experiente, Claudinei Oliveira sabe que o time esta em fase de engrenagem, contando com o rendimento máximo de todos e tirando proveito da fragilidade técnica dos adversários no Estadual. Mas em algum momento teria pela frente um adversário bem equipado e em condições de quebrar-lhe a invencibilidade.
E isso aconteceu em Londrina. Foi uma partida bem disputada, com equilíbrio, porém o Paraná sentiu a perda do artilheiro Lúcio Flávio, sua principal referência ofensiva.
O Londrina poderia estar melhor classificado não fosse uma falha administrativa imperdoável, que lhe custou a perda de seis pontos.
Festa completa
Os mais de 35 mil atleticanos que foram à Arena da Baixada, anteontem, saíram recompensados e felizes.
A festa foi completa, não só pelo recorde de público do Atlético na sua majestosa arena, mas pela constatação do sucesso do gramado sintético.
Ele consegue manter o aspecto de grama natural ao mesmo tempo em que atende a todos os requisitos para a prática do futebol. A única diferença notada foi a maior velocidade da bola, coisa que os jogadores assimilaram com rapidez.
A diretoria está de parabéns por tudo o que realizou na Arena da Baixada e agora só tem o trabalho de cobrar dos profissionais resultados dentro do campo. Aí, como dizia minha veneranda avó materna, “é que a porca torce o rabo”.
No sétimo jogo do ano, mesmo invicto, Cristovão Borges ainda não conseguiu definir o time e muito menos o estilo de jogar. Claro, uma coisa está ligada à outra e por mais que ele tenha estabelecido princípios básicos para o desenho tático, a equipe só ganhará entrosamento e confiança pelos recursos individuais dos jogadores. Ou, por outra: sem bons jogadores não adiantam fórmulas mágicas ou estratégias inventivas.
A maior dificuldade tem sido a ligação da meia-cancha com o ataque e, sobretudo, a pontaria nas finalizações.
Até Walter, que reapareceu mais magro, porém sem ritmo, andou desperdiçando boas oportunidades de gol na merecida vitória sobre o Criciúma.
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