Causaram preocupação as declarações do presidente do Atlético, Marcos Malucelli, informando que o clube não possui recursos próprios para bancar a conclusão da Arena da Baixada como exige o caderno de encargos da Fifa.
Honesto e sincero, Malucelli expôs as dificuldades de encontrar um parceiro internacional fenômeno que afeta todos os setores mundiais com a grave crise econômica e que, só para custear o projeto da obra, o clube gastou, há dois anos, 3 milhões de reais. Um absurdo, sem dúvida: 10% do valor da obra, nos padrões exigidos pela Fifa.
Para terminar o estádio apenas de acordo com as necessidades do clube, é possível encontrar uma solução a médio prazo, porém, dentro das exageradas expectativas da Fifa, será quase impossível. Em São Paulo, verifica-se a mesma dificuldade em relação ao Morumbi.
Com responsabilidade, o dirigente colocou o problema na mesa de discussão, esperando a reação dos governantes estaduais e municipais, os maiores interessados na realização da Copa do Mundo em Curitiba.
Operário
O fato de maior destaque da semana no futebol paranaense foi o retorno do Operário Ferroviário à Primeira Divisão após 15 longos anos de ausência. Um dos times mais tradicionais do nosso futebol, com rica história de conquistas e revelações de grandes jogadores, o Fantasma é seguido por entusiasta torcida que mantém a excelente média de 6 mil pagantes por jogo no estádio de Vila Oficinas.
Parabéns aos operarianos em geral e ao técnico Norberto Lemos, em particular, já que foi ele quem virou o jogo a favor do Fantasma na reta de chegada. Para manter-se na elite os dirigentes devem ter em mente a necessidade de reforçar o elenco, primeiro, para não cair de novo; segundo, para qualificar-se em busca do imprescindível calendário anual.
Rodada
Enfrentando o Duque de Caxias, o Paraná terá a missão de tentar recuperar-se. Não será tarefa fácil já que a equipe da Baixada Fluminense cumpre boa campanha e possui jogadores experientes.
Amanhã, na Primeira Divisão, o Atlético leva a sua crise técnica para Londrina, punido que foi pela ingenuidade de alguns torcedores, que devolveram os artefatos atirados pela torcida do Coritiba no último clássico. Em campo neutro e diante do desesperado Fluminense, tudo conspira contra o Furacão, que anda atrapalhado. Agora foi a vez de o recém contratado Claiton lesionar-se, mantendo a fama do CT do Caju de cemitério dos elefantes.
Ao final da tarde, no Mineirão, frente a um Galo ensandecido em busca de reabilitação, o Coritiba terá de mostrar muito mais do que apresentou nas últimas partidas.
Voltam Leandro Donizete e Marcelinho Paraíba, que fazem a diferença no time coxa-branca.