Dentro da filosofia criada pela falta de ambição dos dirigentes dos clubes do futebol paranaense, o mais importante é não ser rebaixado, e esse risco o Atlético aparentemente não corre. A terceira partida sem vitória retirou o time das primeiras posições, mas o torcedor está conformado pela cultura estabelecida há muito tempo.
Uma pena que os nossos times sejam tão conformados, afinal a abertura da contagem e a boa apresentação no primeiro tempo indicavam outro rumo para o Furacão. Porém, diante das ótimas atuações de Biro Biro e Renato Cajá, a Ponte Preta se reorganizou, cresceu e virou o placar.
A retaguarda atleticana falhou feio no segundo gol pelo envolvimento coletivo, que deixou os zagueiros Gustavo e Ricardo Silva na saudade com a bola, sobrando livre para Felipe Azevedo de cara com o goleiro Santos. Faltou sustentação para o Atlético manter-se no grupo dos candidatos às vagas na Libertadores.
Coxa reage
Após a boa atuação no clássico, o Coritiba estreou Kleber e conseguiu vencer o Cruzeiro, que desmilingüiu-se na campanha do tri nacional.
Na etapa inicial, o jogo foi tecnicamente fraco, marcado pelo equilíbrio e com raras jogadas de ataque. Entretanto, na etapa complementar, com Lúcio Flávio e Tiago Galhardo crescendo de produção e a entrada de Raphael Lucas, que acabou marcando o gol da vitória, o Coxa dominou o Cruzeiro e fez por merecer o resultado positivo.
Um alento geral, afinal a equipe revelou sinais de recuperação em todos os planos, com destaque para a parte tática com a impressão digital de Ney Franco.
Virou rotina
“Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes” – Albert Einstein.
De forma insana, os dirigentes da CBF conduzem o futebol brasileiro para o mais penoso e longo período de derrotas e frustrações. Depois dos humilhantes 7 a 1 para a Alemanha e 3 a 0 para a Holanda, na Copa do Mundo em casa, a seleção foi eliminada pela segunda vez da Copa América pelo Paraguai nas penalidades máximas.
O fracasso do time verde-amarelo virou rotina e nem mesmo diante dos paraguaios, com os limitados Aranda, Piris e Cáceres que são reservas em clubes brasileiros, conseguiu apresentar futebol de bom nível.
E não conseguirá melhorar enquanto imaginar que revolucionará os conceitos com Del Nero, Gilmar Rinaldi ou Dunga.
O mais preocupante é a condição técnica sofrível da maioria dos jogadores que simplesmente não consegue acertar passes, criar jogadas ou acertar a meta adversária.
Destaque especial ao beque Thiago Silva pelo pênalti infantil que liquidou com as pretensões da seleção.