Independentemente do resultado da partida com o Vitória e da sua continuidade na Copa do Brasil, observa-se o surgimento de um novo Paraná.
Desde a fase de classificação do Estadual, quando terminou disparado na primeira colocação, passando pela recaída nos confrontos com o Atlético até a boa campanha na Copa do Brasil tudo indica que o trabalho da diretoria tem sido exemplar.
Não se ouve mais falar em salários atrasados e muito menos a disposição de jogadores abandonarem o clube no meio da temporada. Aí é que entra em cena Wagner Lopes e a sua comissão técnica. Há uma sintonia fina entre os profissionais com reflexos positivos no campo, tanto que a equipe logo se recompôs depois da eliminação no Estadual e venceu o Vitória na Bahia.
Mas o plano tricolor é ambicioso e está voltado para o Campeonato Brasileiro da Série B que se aproxima. O principal objetivo é o retorno à principal vitrine do futebol nacional após 10 anos na fila.
Para que isso aconteça é imprescindível o apoio da torcida na Vila Capanema.
Almir de Almeida
Muitos que visitam o Ginásio de Esportes Almir de Almeida, no Tarumã, talvez não saibam quem foi ou qual contribuição o homenageado proporcionou ao esporte paranaense e brasileiro.
O baiano Almir Nelson de Almeida foi um extraordinário jogador de basquete nas décadas de 1940-50, com brilhante passagem pelo Guarani, de Ponta Grossa, na época o maior destaque das quadras no interior do país.
Turbinado pelo prefeito Petrônio Fernal e pelo professor João Ricardo von Borell du Vernay, com a participação de dezenas de empresários e entusiastas, o time pontagrossense foi uma sensação no basquete.
Chegou a fornecer dois craques – Almir e Mayr Facci – para a seleção brasileira em campeonatos mundiais e nas Olimpíadas de Helsinque (1952) e Melbourne (1956).
De jogador a treinador foi um pulo e logo Almir conquistou dez títulos pela equipe do Clube Curitibano. Mas também realizou incursões pelo futebol, primeiro como técnico do Guarani, mais tarde como supervisor do Fluminense, Coritiba, Vasco, Corinthians e seleção brasileira.
Inteligente, estrategista de mão cheia, disciplinador, o simpático baiano deixou muita saudade.
Foi cedo demais e a sua viúva, professora Diva, também ótima jogadora de basquete, deu adeus à família e aos amigos poucas semanas antes do lançamento do livro sobre o casal.
Diva e Almir de Almeida: arremessando para a história será apresentado ao público nesta quarta feira, à partir das 19 horas, na Livraria da Vila, no Shopping Pátio Batel.
Mais do que um arremesso, a justa homenagem é cesta certa para quem ama o esporte e a vida.