Para quem gosta de futebol, nada melhor do que assistir ao maior clássico paranaense, encontro que não se limita às ações no gramado ou às dimensões do estádio. O Atletiba possui o dom de tomar conta de todos os recantos da cidade, fascinando os jovens e ainda encantando os torcedores mais antigos.

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Em semana de Atletiba todo mundo tem opinião, e a expõe livremente; é uma de nossas melhores e mais divertidas formas de convívio humano, porque aproxima, aquece as relações entre as pessoas, mesmo através de divergências e de conceitos mais exaltados.

Superando a barreira do nosso clima frio e o tradicional recato da população com acentuada descendência europeia, em poucas circunstâncias os curitibanos se mostram, oferecem, revelam mais de si, de suas personalidades, temperamentos e valores, do que em uma discussão sobre o velho e bom Atletiba.

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Contemplaremos na arquibancada da Arena da Baixada o colorido das torcidas; no gramado, o duelo técnico entre Atlético e Coritiba. Pelas circunstâncias das equipes no campeonato, o jogo desta tarde promete ser dos mais disputados.

Dependência do craque

Está em discussão a “Neymardependência” da atual seleção brasileira. Consultando a história, verificaremos que sempre houve relativa dependência do craque da época. A diferença foi a coleção de inspirados coadjuvantes.

Voltando o olhar para o passado, constataremos que o Brasil ganhou as Copas em que contou com um superastro e algumas estrelas de primeira grandeza: em 1958 reinou Pelé na corte em que faziam parte Didi e Garrincha, entre outros; em 1962, Garrincha desequilibrou magistralmente após a contusão de Pelé, mas Didi, Zito, Vavá e Amarildo também brilharam; em 1970, Gerson, Jairzinho, Tostão e Rivellino estiveram a altura da majestade do rei Pelé.

Damos um salto. Em 1994, Romário foi decisivo com seus gols, mas o conjunto do time funcionou maravilhosamente e, em 2002, Ronaldo e Rivaldo comandaram o show ao lado de ótimos jogadores como Cafu, Roberto Carlos, Ronaldinho Gaucho e outros.

O drama da seleção que está no Chile disputando a Copa América é a ausência de coadjuvantes a altura do exuberante talento de Neymar. Todos são bons jogadores nos clubes a que servem, porém não possuem o brilho e a arte necessária para compor uma seleção brasileira como aquelas que encantaram no passado.

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São atletas esforçados, dedicados e que tentam cumprir as determinações de Dunga, porém esbarram nas próprias limitações e não conseguem empolgar como força coletiva.

Terão a grande oportunidade de mostrar o contrário da opinião geral na partida decisiva de hoje com a Venezuela.