Ao mesmo tempo em que reivindica o direito de sediar a Copa de 2014, o futebol brasileiro não consegue ajustar o seu calendário provocando superposição de jogos e desgastando excessivamente os atletas.
No que diz respeito à Copa de 2014, ela só deixará de ser realizada aqui se os brasileiros a dispensarem. A outra candidata, a Colômbia, foi solenemente esnobada e descartada pela Fifa, sobrando os Estados Unidos no caso de o Brasil desistir da empreitada por falta de recursos.
Está claro que se trata de um tema de interesse nacional e, naturalmente, envolve o governo federal. A meu ver, seria uma grande oportunidade para o presidente Lula fazer acontecer o seu projeto de crescimento acoplando as exigências do caderno de encargos da Fifa, os quais trariam benefícios para áreas fundamentais no desenvolvimento do país.
Para a Copa vir para cá serão necessários aeroportos modernos, melhores estradas, ferrovias em pleno funcionamento, segurança pública de verdade, etc. e, é claro, novos estádios.
Mas gostaria de abordar hoje a questão do calendário por conta do absurdo que representou o Paraná ter sido obrigado a jogar quatro vezes em oito dias. A quarta partida será, logo mais, frente ao Atlético, na Vila Capanema.
Muita gente acha que é possível melhorar o nível técnico dos jogos com mudanças nas regras, sem dar atenção ao principal problema que é o descompasso entre as crescentes exigências atléticas e a falta de tempo e de condições para aprimorar a forma física dos jogadores.
Há muito tempo a CBF vem prometendo discutir o calendário compatível do futebol brasileiro com o futebol europeu. Mas até agora o que se viu foi a negativa da Confederação Sul-Americana que, além de não aceitar ajustar o calendário do continente com o da Europa, aumentou o número de clubes participantes da Taça Libertadores da América e da Copa Sul-Americana.
Ou seja, agravou o problema com maior número de jogos desinteressantes para atender aos apelos políticos na alimentação do vício de errar. A América Latina parece fadada a persistir em antigos erros por mais quinhentos anos.
Para exigir melhor padrão técnico das equipes seria necessário limitar, em todo o mundo, o número de jogos e aumentar o tempo de treinamento para que o futebol seja o espetáculo total de excelência que faz a alegria dos torcedores.
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EFABULATIVO: O calor anda demais, tanto que um jogador de time grande ficou noivo na noite anterior e chegou na concentração com a aliança no dedo da mão direita. Tentou mostrá-la na hora do almoço, mas ninguém notou e foi ficando triste até que no final da tarde, após o treino, os jogadores sentaram-se debaixo de uma sombra para descansar e o noivo aproveitou:
Meu Deus que calor! Acho vou tirar a aliança para refrescar...
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