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As arbitragens sempre foram o centro de acaloradas discussões durante e após os jogos de futebol.

Aqui no Paraná tivemos casos antológicos que acabaram causando confusão antes de entrarem para o folclore do futebol.

Um dos mais célebres foi o gol de Renatinho Follador para o Coritiba na final com o Ferroviário no campeonato de 1950.

Vila Capanema abarrotada de gente, dividida entre bocas-negras e coxas-brancas, partida equilibrada quando o ponteiro esquerdo do Coritiba recebeu a bola, dominou e foi conduzindo com habilidade até aproximar-se da meta e finalizar chutando no cantinho do goleiro Pianowski. Pronto a confusão estava armada. Os defensores reclamaram que a bola entrou por fora da rede que estaria furada. Alguns jogadores do Ferroviário trataram de arrebentar a rede e o árbitro Manoel Alencar Guimarães – atleticano roxo – anulou o gol. Festa da torcida tricolor com a conquista do título.

Houve muitos outros casos e causos. Inclusive o famoso gol do Atlético confirmado pela arbitragem na Arena da Baixada. Só que a bola não entrou. William chutou e a bola bateu numa placa atrás da meta e mexeu na rede por fora. O bandeirinha correu para a linha divisória iludindo o apitador José Francisco de Oliveira.

Esses e outros milhares de lances mudaram resultados de jogos e finais de campeonato.

A mais emblemática edulcoração da malandragem foi obra de Maradona com “la mano de Dios” no primeiro gol da vitória argentina sobre a Inglaterra nas quartas de final da Copa do Mundo de 1986, no México.

Pois de agora em adiante erros tão crassos podem ser evitados. Ou ao menos corrigidos a tempo, durante os próprios jogos.

A International Board, da qual fazem parte a Fifa e quatro federações britânicas que estão na gênese do esporte mais popular do planeta, autorizou o uso do vídeo para auxiliar a arbitragem em lances duvidosos.

A CBF, através do departamento de arbitragem, iniciou os preparativos para implantar o novo sistema a partir do Campeonato Brasileiro da Série A ainda neste ano.

A nova operação consiste na presença de um árbitro assistente com acesso às imagens do que acontece em campo durante as partidas. Em caso de dúvida, o juiz de vídeo alertará o apitador central, para evitar o erro. Eles se reunirão dentro do campo, com um tablet, para resolver a questão.

Rápido, indolor e eficiente.

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EFABULATIVO: Políticos cassados e jornalistas impedidos de praticar a profissão durante o regime militar foram agraciados com a chamada “Bolsa Ditadura” logo depois da anistia.

Millôr Fernandes não perdoou os comunas: “Quer dizer que aquilo não era ideologia, era investimento”.

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