O Paraná conquistou o sétimo título de campeão estadual em menos de 17 anos de existência. Coisa que nenhum dos seus antecessores conseguiu através dos tempos. Nem mesmo o poderoso Clube Atlético Ferroviário, nos áureos tempos em que o transporte ferroviário era o mais importante do país.
Muito menos o Pinheiros e o Colorado que, de tanto baterem cabeça, resolveram se unir para a constituição do Paraná Clube.
Lutar pela união de forças foi a saída racional de quem enxergou à frente, além do próprio tempo. O novo clube deu certo porque foi construído com os resíduos positivos e não pelos pequenos interesses políticos ou da mesquinha competição pessoal que arrasa qualquer associação.
Muita gente namorou o organizado Pinheiros que, ao crescer demais, sentiu-se acuado pelos interesses contrariados, e procurou um novo rumo para a sua vida. Muitos estranharam o seu casamento com o Colorado, depois ter flertado com o Atlético e o Coritiba. E era normal que estranhassem, pois alguns divergiam e era normal que divergissem, mas não se surpreenderam estranhando ou divergindo, já que estavam conscientes de que a História tinha pressa, pois já havia passado muito tempo de incertezas e desilusões de ambos os lados.
O Colorado tinha vivido amarrado a duas forças negativas, a ambição mesquinha e a competição sem grandeza. Somente agora, tantos anos depois da tríplice fusão entre Ferroviário-Palestra-Britânia foi que se resolveu investir para valer no Estádio Durival Britto, com a solução da enervante pendenga judicial pelo domínio de Vila Capanema.
O Pinheiros vinha pagando o preço de ser um grande clube social que começou ameaçar o reino futebolístico da dupla Atletiba. Com a fusão, ele iniciou o vôo certo que é ver o time campeão paranaense e na Primeira Divisão do futebol brasileiro.
Com simplicidade, mas mostrando competência, o Paraná procurou grandeza onde ela se encontra. Começou pelo goleiro Flávio, responsável por grande parte do êxito obtido pelo clube nas últimas temporadas.
Uma linha de zagueiros discreta, porém segura e um sistema de meia-cancha aplicado na marcação, ao mesmo tempo em que municiava o ataque sob a inspiração do experiente Beto no compasso dos jovens Mussamba e Sandro, permitindo que Maicosuel e Leonardo fizessem a festa dos gols nas áreas adversárias.
Por trás, de forma eficiente e obstinada, o técnico Barbieri organizou o grupo, deu-lhe personalidade, confiança e padrão de jogo para que o Paraná chegasse a final do campeonato em uma decisão atípica com a Adap, graças a incomensurável incompetência técnica da dupla Atletiba, liquidada pelo representante de Campo Mourão.
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