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Durante a semana que se encerra, o futebol brasileiro mudou de comando e o novo dono da bola é o ex-presidente da Federação Paulista, Marco Polo Del Nero. Ele tomou posse em meio às denuncias de um negócio imobiliário um tanto nebuloso com antigo prestador de serviços da CBF e a determinação de propor ao governo mudanças na Medida Provisória 671, que trata do refinanciamento das dívidas fiscais dos clubes do país.

Os dirigentes são unânimes em afirmar que da forma como foi definido dificilmente haverá adesão dos clubes ao projeto de saneamento proposto pelo governo federal.

Ao condicionar o refinanciamento das dívidas a uma mudança nas práticas internas dos clubes, o governo tenta, sim, regular o modelo de gestão de entidades privadas. Não costuma dar certo. Por outro lado os presidentes das federações reagem, repelindo a limitação do tempo de mandato. Acostumados a mandar e desmandar os cartolas não admitem perder o poder e muito menos o alongamento máximo de permanência na presidência dos clubes, das federações e da CBF.

O pacote de medidas é muito amplo e itens como, por exemplo, a obrigatoriedade de investimentos em futebol feminino devem perder força no Congresso Nacional. Mas a perda de pontos para clubes que atrasarem o salário de atletas já esta valendo e integra o regulamento do Campeonato Brasileiro deste ano.

Aguardemos os próximos capítulos com o envolvimento de autoridades, políticos e todos aqueles que esperam ver, um dia, o futebol brasileiro seguindo a cartilha dos centros mais desenvolvidos do planeta.

Semifinais

Conheceremos hoje os finalistas do Campeonato Paranaense em nova demonstração de superação do interior.

Se no ano passado os finalistas foram Maringá e Londrina, agora apenas um representante da capital – o Coritiba – poderá decidir o título. Reflexo da queda técnica da capital, que iniciou a disputa com quatro equipes e apenas uma se classificou para as semifinais.

Mesmo sem calendário e com extremas dificuldades – como ficou registrada na matéria desta Gazeta, sexta-feira (17), sobre os inúmeros patrocinadores nas camisas de Foz e Operário – o futebol do interior está de parabéns.

Nos jogos não há favoritismo, pois mesmo jogando na casa do adversário o Londrina precisa apenas do empate e tem como cacife a defesa mais sólida da competição. Resta ao Coritiba o desafio de furar o bloqueio londrinense e marcar gols em profusão para chegar a mais uma final em sua lona história. Missão para os atacantes Wellington Paulista e Rafhael Lucas.

Em Ponta Grossa, com Vila Oficinas lotada como sempre acontece nos momentos importantes da trajetória do Operário, o desconcertante Foz promete surpreender mais uma vez. O Fantasma tentará repetir a performance da partida em que goleou o Paraná.

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