Enfrentando grave processo de instabilidade política, que culminou com o afastamento da presidente da República, e preocupante crise econômica, que alcançou todos os setores de produção, o Brasil inaugurou os Jogos Olímpicos.
Esta será a Olimpíada da superação.
Quando, em outubro de 2009 em Copenhague, o COI elegeu o Rio de Janeiro como sede do maior evento esportivo do planeta, ninguém imaginaria o caos político e econômico que tomaria conta do país nos últimos anos.
Só mesmo ao custo de muita corrupção, prática política de baixo nível, incompetência gerencial e ausência de planejamento administrativo o governo conseguiu deixar o Brasil na situação dramática em que se encontra.
Com as autoridades presentes, jornalistas do mundo inteiro, mais de doze mil atletas, turistas e o público que adquiriu ingressos o Rio de Janeiro iniciou autêntico tour de superação.
O Comitê Olímpico Brasileiro viu-se obrigado a quebrar a promessa de que não necessitaria de dinheiro público para o Rio-2016.
Para não pagar enorme mico internacional com os problemas de infraestrutura na cidade, com as obras da Vila Olímpica e com a segurança dos visitantes, dos atletas e do público em geral, o governo federal desembolsou R$ 270 milhões para cobrir o rombo financeiro.
Os políticos e governantes, repetiram o que afirmaram na Copa do Mundo de 2014: importante é o legado que vai ficar para todos.
Esse negócio de legado é muito discutível, tanto que até hoje segue parada, em Cuiabá, a obra do metrô VLT – Veículo Leve sobre Trilhos – e o dinheiro público está virando ferrugem.
Os seis estádios utilizados na Copa que estão sendo palco dos Jogos têm prejuízo, e alguns estão ligados a denúncias sobre propinas.
O Maracanã, palco da abertura da Copa e da Olimpíada, quase dobrou o custo do orçamento inicial e acabou devolvido ao Governo do Estado pela concessionária.
Mané Garrincha, Itaquerão, Mineirão, Fonte Nova e Arena da Amazônia apresentam todos os tipos de problemas. As arenas de Brasília e Manaus integram a manada de elefantes brancos produzida com verbas públicas.
Vira e mexe voltamos a ouvir os governantes falando no aumento de impostos para a população. Li, não me recordo onde, um pensamento curioso.
Afirmava seu autor que, para acabar com a sonegação, o governo deveria criar apenas dois impostos: um sobre a virtude e outro sobre a inteligência.
Por mais altos que fossem, todos se lisonjeariam em pagá-los e os que mais se apressariam a fazê-lo seriam os menos sujeitos a virtude e a inteligência.
Quanto ao estado, bem, esse, a partir de provas irrefutáveis, seria o primeiro a receber isenção...
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