O buquê de boas intenções colhido no canteiro da seleção olímpica de futebol masculino na hora da festa de apresentação, jogos amistosos e dos planos de conquistar a sua primeira medalha de ouro na história, deixou o torcedor abatido depois das vaias ouvidas nos dois empates medíocres sem gols com adversários sem tradição nesse esporte.

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A expectativa gerada pela escalação de um ataque teoricamente mortal e a frustração causada pelas péssimas apresentações iniciais, misturam, como sempre, algumas flores de projetos viáveis e os tradicionais exageros dos ufanistas que narram jogos pela televisão, passando a críticos sem se desculparem pelos excessos de entusiasmo.

Todos os integrantes da seleção do até então desconhecido Micale estão na berlinda, cada um de um jeito. No momento, Neymar é o caso mais preocupante. Ele mais uma vez decepciona com a camisa “amarelinha”.

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Há algum tempo identifiquei nas palavras e atitudes, beirando a infantilidade, desse excelente jogador, que o seu maior problema foi a falta de escola. Tivesse melhor orientação educacional na infância e adolescência provavelmente o seu comportamento fosse diferente, dentro e fora do campo.

A sabedoria popular cunhou provérbio que vale como advertência ao craque do célebre quarteto do Barcelona: o que procura alertar a andorinha para a conveniência da solidariedade, pois o esforço solitário “não faz verão”.

No Barcelona, somando esforço e talento com Messi, Iniesta e Suárez, Neymar voa em campo. O mesmo se aplica a Messi quando tenta vencer com a seleção argentina.

Essa andorinha famosa parece perdido em meio a alguns olímpicos medianos e as mais reluzentes promessas do atual futebol brasileiro: Gabriel Jesus e Gabriel. Só que, para infelicidade da CBF e da comissão técnica, em meio à Olimpíada as duas fantásticas revelações do Palmeiras e do Santos foram negociadas com o mercado europeu.

Meninos, como Neymar, com instrução pobre e necessidades básicas que vêm do berço não conseguem conter a empolgação com o maravilhoso futuro que se descortinou.

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Perderam a concentração, ou perderam o foco como gostam de dizer os bravos repórteres e narradores da latinha, sendo que alguns deles também fugiram da escola, somado à falta de entrosamento e, sobretudo, a um plano de jogo bem definido e treinado, o time brasileiro diminuiu de tamanho.

África do Sul e Iraque, vejam só, agradeceram penhoradamente pelo despreparo geral.

Resta a esperança de uma jornada de superação frente a Dinamarca para evitar mais um mico olímpico no futebol masculino.

Diante de tantas dúvidas, a pátria não está de chuteiras, mas fazendo figas.