Com a adoção da fórmula por pontos corridos, só uma vez o futebol paranaense esteve próximo do título brasileiro: foi em 2004, quando o Atlético vencia o Grêmio por 3 a 0, em Erechim, e cedeu o empate entregando de bandeja a taça ao Santos.
Nos outros anos os nossos representantes alcançaram vagas na Libertadores, na Sul-Americana ou apenas lutaram contra o rebaixamento, sendo que os três experimentaram o dissabor da queda.
O Coritiba, que caiu duas vezes nos últimos anos, é o único na Primeira Divisão, pois Atlético e Paraná disputarão a Série B. Ainda mais dolorosa é a posição do Tricolor, que foi rebaixado também para a Segundona estadual.
Com esse modesto retrospecto, o futebol paranaense como os demais estados fora do eixão tradicional alimenta o sonho, que na maioria das vezes não passa de ilusão, de voos mais ousados na Copa do Brasil. Trata-se do torneio mais democrático do país, já que segue os moldes das copas europeias, nas quais é muito comum ver times de menor expressão decidindo o título com os tradicionais "bichos-papões".
Nesta semana 64 times começam a correr atrás do sonho de grandeza no sistema de mata-mata, propiciando aos chamados pequenos surpreender os grandes, como ficou registrado através dos tempos. E algumas zebras acabaram ficando com a taça, como Criciúma, Juventude, Santo André e Paulista.
Onde os fracos têm vez, a Copa do Brasil mexe com os torcedores e aumenta a audiência das emissoras de rádio e televisão. É o fascínio do mata-mata, tanto que os clubes com melhor retrospectiva podem eliminar o segundo jogo nas fases preliminares da competição. Atlético, Coritiba e Paraná perfilam-se entre eles, sendo que o Operário receberá o Juventude, em Ponta Grossa.
Diante do momento vivido pelo nosso futebol, um dos mais fracos no plano técnico, tornou-se difícil promover um prognóstico otimista.
Tudo pelo baixo rendimento de nossos representantes no torneio, cabendo o registro da exceção que significou a presença do Coritiba nas finais com o Vasco, quando perdeu o título em pleno Alto da Glória.
Os quatro times caíram de produção, se bem que o Paraná vem cambaleando há anos e ninguém imagina no que pode resultar o trabalho iniciado pelo estreante Ricardinho no comando tricolor. Como joga com o desconhecido Luverdense, acredita-se que o Paraná possa surpreender. O Operário vem jogando menos do que na temporada passada e o mesmo acontece com o Coritiba, que continua longe do seu ideal tático e técnico, tanto que sofreu para vencer o Toledo em casa. Mas, apesar disso, o Nacional, de Manaus, não deve assustar.
Com um time jovem, naturalmente inexperiente e com pouquíssimos jogadores que merecem destaque pela técnica individual, o Atlético leva a incerteza de sua grande torcida para a partida com o Sampaio Corrêa, em São Luís do Maranhão.
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