Finados é um feriado religioso respeitado em vários países, mas nenhum como o México consegue promover homenagens aos mortos tão efusivas.
Dia de los muertos para os mexicanos é da tradição indígena com apresentações teatrais, música, fantasia, alegria e muita reverência aqueles que já partiram.
La calavera é o símbolo da festividade que transforma uma data triste em alegria plena. São famosas as caveiras mexicanas usadas como fantasias do povo dançando e cantando nas ruas e nas praças de todas as cidades.
Aqui, dentro da tradição cristã, a data é de reverência à memória dos falecidos e de visita aos cemitérios.
Na gíria do futebol, estar morto representa o time que não tem mais chance de disputar o título ou, sobretudo, aquele que já está praticamente rebaixado de categoria.
No campeonato em andamento, o Palmeiras lidera com cinco pontos de vantagem, mas os torcedores de Flamengo, Santos e Atlético-MG não consideram os seus times mortos na corrida pelo título.
Mas será difícil tirar o título da equipe de Cuca, que realiza excelente trabalho.
Na parte de baixo, estão praticamente “mortos” Figueirense, América-MG e Santa Cruz. Continuam no rebolo Vitória, Internacional, Coritiba e Sport.
As rodadas finais prometem ser dramáticas.
Reação
A Associação Nacional de Árbitros de Futebol (ANAF) protocolou no STJD uma notícia de infração disciplinar desportiva contra os presidentes do Palmeiras, Fluminense, Figueirense, Atlético-MG, o técnico Celso Roth do Internacional, alguns jogadores e Alex Brasil, diretor de futebol do Coritiba.
Representa a reação dos apitadores contra o turbilhão de críticas e protestos formalizados no curso do campeonato.
A reação é legítima, entretanto árbitros e auxiliares deviam colocar a mão na consciência, promover uma autocrítica e admitir que os erros de interpretação passaram dos limites e superaram todos os recordes no futebol brasileiro.
Jamais o apito nacional esteve sob ataque tão intenso como nesta temporada. Basta verificar as imagens da tevê para comprovar os fatos.
A última pérola aconteceu na rodada passada quando o juiz do jogo Fluminense e Vitória marcou penalidade máxima a favor da equipe carioca quando o atacante claramente sofreu a falta do zagueiro baiano fora da grande área. Só o árbitro e o bandeirinha não viram.
Ao meu entender, a grave questão somente será resolvida depois de uma ampla, completa e irrestrita reformulação na cúpula da CBF.
Sem autoridade moral, a atual diretoria não reúne condições mínimas para tentar qualquer tipo de iniciativa com o objetivo de recuperar o sensível setor de arbitragem.
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