O futebol brasileiro está vivendo a sua dúvida Tostines: os grandes clubes diminuíram de tamanho ou os pequenos cresceram?
Os grandes clubes sofrem processo de esvaziamento por duas razões fundamentais: más administrações e a venda dos melhores jogadores em quantidade absurda para o exterior.
As más administrações ficam por conta da arrogância da maioria dos dirigentes; falta de sensibilidade e desconhecimento de futebol, que transformam os cartolas em reféns dos empresários e agentes de jogadores; tentação de ganhar dinheiro diante da dinheirama que corre através de contratos com patrocinadores, verbas de televisão, bilheteria, marketing, serviços e, sobretudo, a venda desenfreada de jogadores de todas as idades. E, em última análise, generalizada incompetência gerencial que leva diversos clubes a bancarrota.
Mas, como time de futebol é semelhante a escola de samba, partido político ou seita religiosa, não quebra nunca. Sempre se dá um jeito para que ele continue de pé, mesmo aos trancos e barrancos.
Com a instabilidade técnica dos clubes mais tradicionais e donos das maiores torcidas, os pequenos encontraram nichos de sobrevivência e, em alguns casos, para a notoriedade.
Por isso, os XV de Novembro de Campo Bom têm aplicado peças no futebol gaúcho, Criciúma, Juventude, Santo André e Paulista ganharam a Copa do Brasil e disputaram a Taça Libertadores da América, São Caetano foi campeão paulista, Noroeste tem aprontado das suas no campeonato paulista e o campeonato carioca terá uma final de turno sem a presença de nenhum dos chamados grandes.
Por aqui não tem sido diferente. Enquanto o Paraná purgava os seus pecados e o Atlético pagava o preço de sua instabilidade emocional, o Paranavaí tornou-se vice-campeão, o Iraty e o Cianorte foram para a Copa do Brasil e o Rio Branco e a Adap estão decidindo o título.
O Paraná realizou um trabalho sério de reestruturação, melhorou sua posição nacional e voltou a disputar o título estadual, mas o Atlético continua pagando o preço do entra-e-sai de jogadores, o troca-troca de treinadores e os constantes atritos da diretoria com jogadores ou com a imprensa.
O Coritiba joga tudo no título paranaense, pois sofre desgastante processo eleitoral que, mesmo com o fim das eleições, não se encerrou. Pelo contrário, a disputa política esta mais acirrada e a diretoria reeleita sente-se acuada pela própria torcida, em pleno Alto da Glória.
Ao que tudo indica só mesmo a conquista do título de campeão conseguirá aplacar a ira dos insatisfeitos e acalmar o ambiente para os desafios que o time terá na disputa do Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão.
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