Invariavelmente o Atlético tem apresentado problemas na fase de pré-temporada e durante os primeiros meses do ano.

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Um pouco pela demora na contratação do novo técnico e, não raras vezes, pelo equívoco na escolha.

Com isso, o futebol atleticano tem iniciado as temporadas de forma atravessada e com os jogadores revelando dificuldades de adaptação e, sobretudo, de rendimento. Só lá pelo quarto mês, quando já se trocou o comando técnico e o grupo apresenta melhor condicionamento físico é que as coisas começam a engrenar dentro de campo.

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Nos últimos três começos de temporada, o Furacão perdeu dois títulos estaduais e venceu o do ano passado numa dramática decisão por pênaltis com o Coritiba. Mais tarde, o mesmo Furacão, que se atrapalhou contra os adversários locais, foi decidir o título brasileiro com o Santos e o título continental com o São Paulo.

Desta feita não tem sido diferente.

A explosiva contratação do alemão Lothar Matthäus ganhou as manchetes esportivas do mundo inteiro, mas o dia-a-dia no CT do Caju tem sido marcado pelo personalismo do técnico, isolamento e dependência do intérprete. Claro, tudo isso é muito natural em se tratando de um técnico europeu, com as características pessoais que assinalam Matthäus e da transformação do ritmo de trabalho em clube brasileiro.

Entretanto, como o elenco possui algumas potencialidades, ele permaneceu invicto até agora e conseguiu manter o favoritismo do time para a conquista do título estadual.

Porém, de repente e não mais do que de repente, Matthäus arrumou a mala e viajou. Deixou o time treinando sem ter assegurado que vai comandá-lo, amanhã, na abertura das quartas-de-final do campeonato.

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Se ele não voltar e o Atlético perder, a contratação do alemão pode virar gozação dos adversários. Ou virar chanchada da UFA – a cinematográfica Atlântida da Alemanha, no tempo do nazismo – e a comédia ganharia o título de "Ou vai ou Reich!", com Oscarito e Grande Otelo.

A rodada

O Campeonato Paranaense entra em sua fase decisiva de mata-matas e observa-se certo equilíbrio de forças na primeira rodada. Claro que Atlético, Paraná e Coritiba são favoritos naturais, entretanto é preciso reconhecer o mérito técnico da Adap, do Iraty e do J. Malucelli que podem tirar proveito do fato de jogar a primeira partida em seus estádios.

O mesmo se aplica ao Rio Branco que enfrentará o Londrina com leve favoritismo.

Mas o que preocupa mesmo é a arbitragem. Todos os clubes estão com a pulga atrás da orelha diante do clima de desconfiança e de grande fragilidade técnica da maioria dos apitadores locais.

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