Campeão brasileiro com expressiva diferença de pontos sobre o segundo colocado e único time com regularidade técnica durante o campeonato, o Corinthians foi depenado pelo futebol chinês.
Ele não resistiu à desvalorização do real como consequência da gravíssima crise econômica que tomou conta do país.
Ora, se o Corinthians, clube com maiores recursos mercadológicos não resistiu ao assédio da China, dá para imaginar o drama dos outros times.
Quem viveu outras épocas e pode fazer comparações não se conforma com o atual estágio do futebol brasileiro. Mas esta é a dura realidade e não adianta carregar nas críticas, pois os dirigentes que, na média geral são limitados, estão acuados e sem forças para encontrar uma saída.
Tem muita coisa errada e basta verificar o desolador calendário formulado pela CBF com excesso de jogos para as principais equipes. Some-se a isso a má gestão da maioria, a falta de ídolos, a escassez de craques, as más arbitragens, a agressividade das torcidas organizadas e o desinteresse do público que só enche os estádios com promoções no preço dos ingressos.
Precisamos esquecer o passado glorioso e encarar os times atuais como resultado de um período difícil. De transição, talvez. Sabe Deus transição para onde. Mas creio que chegou a hora de celebrarmos um pacto de boa vontade.
Não dá para exigir mais dos dirigentes e dos treinadores. Isso que está aí é o que temos e não adianta espernear.
Portanto, tenhamos paciência com o esforço dos times paranaenses para a temporada que se inicia no final do mês.
Se o São Paulo, que é o segundo no maior mercado econômico do país, festeja a contratação do veterano zagueiro uruguaio Lugano, porque devemos ser rigorosos com as contratações formuladas pela dupla Atletiba?
Do Paraná há de se louvar o retorno do correto Claudinei Oliveira ao comando do time. Sem recursos financeiros, ele terá de trabalhar com um elenco reduzido e apostar nas novidades da base.
Dentro das possibilidades até que Atlético e Coritiba encontraram jogadores interessantes, que reúnem condições de preencher os elencos e atender às necessidades. Sem ilusões, é claro.
Mas se compararmos as prováveis escalações da dupla Atletiba para este início de ano com os concorrentes da Série A, verificaremos que não há grandes diferenças. Pode ser um ou outro jogador de maior destaque, porém, no geral, estão todos nivelados. Por baixo, lamentavelmente.
A manutenção de Cristóvão Borges no Furacão foi importante para a sequência do trabalho iniciado nos últimos meses da temporada passada. E a contratação de Gilson Kleina reforça a política de contenção de gastos no Coxa.
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