O time do Coritiba escapou de uma goleada histórica, domingo, quando não devia ter escapado: primeiro, porque fez a sua pior partida no campeonato e, segundo, porque o Paraná, com um padrão tático e técnico de ótimo nível, comandou o jogo o tempo inteiro.

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Acontece que, antes do clássico, o Coritiba já havia emitido sinais de fragilidade técnica, quando levou sufoco do Toledo e do Paranavaí, mas acabou vencendo por golpe de sorte ou a perícia individual de alguns jogadores, com destaque ao goleiro Artur.

Com a lesão de Keirrison, parece que o ataque coxa-branca perdeu o encanto e os pesadelos voltaram a tirar o sono de todos no Alto da Glória.

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Perder um atacante com a envergadura técnica de Keirrison é duro, todos sabem. O Atlético sentiu na pele ao ficar sem Dagoberto na reta de chegada da luta pelo título de bicampeão brasileiro. Dagoberto vinha fazendo a diferença ao lado de Fernandinho, Jádson e Washington e sua ausência foi sentida nas partidas decisivas que acabaram sepultando o sonho da torcida rubro-negra.

Mas se não terá Keirrison até o final do ano, o Coxa não pode ficar se lamentando. É hora da diretoria contratar um artilheiro que reanime e resolva os dramas do time.

Não adianta ficar chorando pelo leite derramado, acreditando que vai resolver o problema com jogadores tecnicamente sofríveis que vem desfilando na linha de frente alviverde.

Depois da goleada para o Paraná, a torcida ficou ouriçada e estará de ouvidos colocados aos rádios na noite de hoje, acompanhando as peripécias de Márcio Araújo e seu elenco na estréia da Copa do Brasil.

Bruxos e incompetentes

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Nesse escandaloso episódio dos bruxos do futebol paranaense, todos os envolvidos estão ficando cada vez mais desmoralizados perante a opinião publica. Ninguém consegue escapar do lodaçal em que se transformou a da Federação Paranaense de Futebol.

Dirigentes da entidade, auditores do Tribunal de Justiça Desportiva, árbitros, bandeirinhas, enfim, todos estão manchando a biografia esportiva nessa lamentável e gravíssima ocorrência.

O pior é que não se enxerga o afastamento de todos os envolvidos, a punição dos culpados ou o fim da incompetência nas arbitragens do campeonato. Os responsáveis pela solução do problema recorrem, invariavelmente, à escatologia – a doutrina religiosa sobre o desenlace do tempo terreno e a consumação da história humana. Segundo ele, de fato, será necessário aguardar o Juízo Final para só então afirmar com segurança absoluta se existiu o esquema de propinas na arbitragem do futebol paranaense.

E bolas que não entram continuam valendo gol.