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Qualquer que seja o resultado, o Atletiba desta tarde vai fazer história.

Se houver empate ou vitória do Coritiba, terminará o campeonato e começará a festa em plena Arena da Baixada; se o Atlético vencer, a decisão do returno ficará para a próxima rodada e chegará ao fim a longa invencibilidade da equipe coxa-branca.

A admirável campanha de­­senvolvida pelo Coritiba nesta temporada vem confirmar a shakespereana sentença de que "há quedas que provocam ascensões maiores". Foi exatamente isso que aconteceu: retirado das profundezas de sua mais grave crise, novamente rebaixado de divisão e com o estádio interditado, em 2010 o clube mostrou sua pujança através de um trabalho irretocável que o devolveu à principal vitrine do futebol brasileiro como campeão ao mesmo tempo em que conquistou o título estadual.

Melhorou ainda mais este ano, com o time reforçado por contratações pontuais, encorpado para o inevitável bicampeonato. Seguiram-se os jogos, as exibições, a profusão de gols, a quebra de recordes e a euforia de uma escalada de vitórias jamais vista no futebol paranaense.

O rendimento técnico do time dirigido por Marcelo Oliveira é tão eficiente que estamos incentivados a apontar o Coxa como favorito no duelo com o Palmeiras, pela Copa do Brasil.

Quanto ao clássico de hoje, cautela, afinal tudo pode acontecer em Atletibas.

Depois de muitas trapalhadas, perda de tempo e gastos, parece que a diretoria do Atlético conseguiu acertar o técnico e, sobretudo, melhorar um pouco o nível do elenco. A presença de Adilson Batista começou a apresentar resultado, não só pela goleada sobre o Bahia, mas pelo resgate da confiança dos jogadores, que andavam com medo da torcida.

Justamente da fiel torcida atleticana que manteve a tradição de Caldeirão no seu moderno estádio. Diferente de todos os outros estádios do país, a Arena da Baixada tem o seu charme, a atmosfera de glamour que vaga pelos seus corredores e suas arquibancadas.

Os jogadores iniciaram a partida contra o Bahia determinados e surpreenderam a torcida pela postura, já que ultimamente o time se apresentava mal no primeiro tempo, cedendo espaço aos adversários, independente de sua envergadura técnica, e só mostravam garra e espírito de luta depois de vaias, cobranças e outras manifestações.

Dessa feita, não. Os jogadores, finalmente, se conscientizaram de que não era mais possível levar a vida na flauta, co­­mo se a torcida rubro-negra fosse obrigada a se contentar com uma equipe descosida, desfibrada e que só reagia na base do grito.

Com esses ingredientes, todos esperam um grande jogo, afinal o Coritiba tem sido garantia de bons espetáculos e o Atlético, com essa nova formatação, indicou que pode reagir e adquirir maior musculatura na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro.

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