Ninguém consegue alcançar o Paraná na primeira colocação do Estadual.
A excelente campanha e a liderança consolidada deram-se na goleada de 5 a 0 sobre o Toledo. Não, o jogo não foi na Vila Capanema. Foi realizado lá em Toledo e o time tricolor não deixou margem para qualquer tipo de dúvida quanto a capacidade de reconquistar o título de campeão paranaense depois de dez anos na fila.
Com 25 pontos obtidos e apenas uma derrota, com a equipe reserva no clássico com o Coritiba, o Paraná indica que chegará fortalecido na fase decisiva da competição.
Por falar em equipe reserva, nada dos talentos de Renatinho, Matheus Carvalho, Biteco, Eduardo Brock e outros no próximo clássico que encerra o turno classificatório.
Para jogar com o Atlético, o treinador Wagner Lopes anunciou o time suplente para que os melhores sejam poupados para a hora decisiva.
Essa política de promover rodízio de jogadores nos primeiros meses da temporada parece que veio para ficar no futebol brasileiro. Virou moda, mesmo que seja exclusivamente local, pois no milionário futebol europeu, os principais craques jogam o ano inteiro nos campeonatos domésticos, copas nacionais e torneios continentais. São pagos – muito bem pagos – para jogar.
Ponto de vista
Qualquer torcida tem o direito de protestar diante das más atuações de seu time, e convenhamos que algumas atuações do Atlético têm sido desanimadoras e outras arrebatadoras.
O arrebatamento vem por conta dos resultados obtidos na Libertadores.
Depois de enroscar em casa no Deportivo Capiatá e na Universidad Católica, o Furacão classificou-se no interior paraguaio e reabilitou-se vencendo o San Lorenzo, em Buenos Aires.
Porém, o time titular decepcionou no empate com o J. Malucelli e o time alternativo não convence o torcedor que voltou a não poupar vaias no final do novo tropeço.
Importante salientar que a torcida está protestando de uma forma coerente, sem comprometer o trabalho de renovação proposto. Só vaiou o time quando a partida estava no fim, após penalidade máxima desperdiçada e atuações bisonhas de Douglas Coutinho, Crysan e Luis Henrique, todos rodados e que não têm muito a oferecer, pois o futuro deles é hoje.
O ponto de vista do torcedor, que se torna sócio e comparece aos jogos do time reserva – foram mais de 9 mil pessoas no sábado –, é vibrar e sair do estádio satisfeito com o resultado.
O publico consumidor tornou-se exigente e, quando o Atlético conseguir formar um elenco efetivamente competitivo, certamente dobrará o número de associados pela paixão do torcedor e pelo conforto e a segurança da Arena da Baixada.