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Desde os jogos eliminatórios e amistosos da seleção brasileira estamos alertando sobre o baixo rendimento técnico dos alas Cafu e Roberto Carlos, tanto quanto da lentidão da burocrática meia-cancha e com Ronaldinho Gaúcho jogando recuado, fora de suas características.

A conquista da Copa das Confederações – o time jogou sem Cafu e Roberto Carlos – mascarou o problema e deve ter aumentado a convicção de Parreira de que ele estava no caminho certo, apostando nos jogadores veteranos e desprezando Cicinho, Gilberto, Robinho e outros.

Começou a Copa do Mundo e a seleção brasileira conseguiu desagradar em quatro dos cinco jogos que realizou – só mostrou um pouco da cara do nosso verdadeiro futebol no jogo contra o Japão, quando o técnico ousou e mexeu na escalação, mas nada foi tão decepcionante e inexplicável como a patética apresentação de ontem.

O Brasil foi lento, sem vibração, sem entrosamento e sem qualquer objetividade em campo. Parreira deve ter imaginado que havia resolvido tudo com a escalação de Juninho, mas não contava com as péssimas atuações de, mais uma vez, Cafu e Roberto Carlos, e para completar a desgraça também de Juninho, Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo.

O Brasil foi uma caricatura em campo e a França mereceu inteiramente a vitória nas asas do exuberante futebol de Zidane, bem acompanhado por Vieira, Ribery e Henry.

Passivo e sem carisma para motivar um grupo de jogadores milionários e excessivamente paparicados pela mídia, Parreira conseguiu perder a Copa mais ganha de todas, pois jamais, em tempo algum, o Brasil chegou com tantos craques e tão favorito em uma competição.

Jogo amarrado

Portugal e Inglaterra realizaram um jogo amarrado, com raras jogadas de qualidade e com os dois ataques se submetendo ao desígnio das defesas. Sinal evidente da falta de talento da maioria dos jogadores em campo e de atuações apagadas dos poucos mais salientes, como Figo, Cristiano Ronaldo e Pauleta do lado português e Lampard, Beckham e Rooney do lado inglês.

Claro que os ingleses foram prejudicados pela contusão de Beckham e pela expulsão de Rooney ainda no tempo regulamentar. Portugal não conseguiu se impor mesmo com um homem a mais e levou a decisão para as penalidades, durante as quais brilhou o goleiro Ricardo e decepcionaram inteiramente os cobradores de Sua Majestade.

Felipão conseguiu classificar a valorosa seleção portuguesa para a semifinal da Copa do Mundo. Um feito, sem dúvida.

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