Pela tristeza da torcida, pelo ambiente entre os jogadores e pelas manifestações dos dirigentes, o Atlético sentiu a pressão ao dar o passo errado e entrar no Inferno de Dante.

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E não poderia ser diferente a sensação diante da campanha pífia da equipe, agravada com a melancólica derrota para o frágil Fluminense, em plena Arena da Baixada e, ainda por cima, com três gols do antigo ídolo Washington que, pelo dinheirão gasto na contratação de tantos jogadores que vivem machucados, poderia ter voltado para o Furacão.

Mas, como diz o velho ditado, não adianta chorar pelo leite derramado. Porém, é importante a diretoria deixar de continuar jogando o precioso liquido fora, pois, como destacou com pertinência o diretor de futebol Marcos Malucelli, o clube vem cometendo erros em seu departamento de futebol há algum tempo.

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Há três anos, precisamente, como venho frisando ao longo desse período em que o time perdeu tudo o que disputou, com eliminações em casa e uma agônica luta contra o rebaixamento no Campeo-nato Brasileiro.

Aí está o time atleticano, tática, técnica, emocional e fisicamente desfigurado. Mas como a esperança é a última que morre, confia-se na superação dos jogadores e, quem sabe, a zebra corre solta no Beira-Rio.

Sem medo de vencer

Tenho acompanhado todos os jogos do Coritiba, um pouco pelo dever profissional e muito pelo prazer de ver o time de Júnior em ação.

Admiro a forma como Júnior encontrou soluções simples para dificuldades aparentemente complexas. Sem inventar, apenas usando o bom senso e os jogadores contratados, alguns que ele mesmo indicou.

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O Coxa só não se encontra melhor classificado pelos azares no inicio da temporada, quando ficou diversos jogos sem os seus dois principais jogadores: Carlinhos Paraíba, por suspensão, e Keirrison, por lesão. Quando eles voltaram, foi a vez de a equipe ficar desfalcada do excelente Pedro Ken. Mais à frente, teve inúmeros problemas na defesa. Pouco a pouco as coisas foram se acomodando e a estabilidade foi mantida.

Daí o complicador foi o confronto com clubes de maior envergadura econômica e, conseqüentemente, com times mais fortes.

Por mais que sejam feitas análises e avaliações em torno do sistema tático ou do posicionamento de determinados jogadores alviverdes, a verdade é que o campeonato é equilibrado e apresenta disputa intensa entre os concorrentes. Na faixa de pretendes ao título ou a uma das vagas na Libertadores, então, a barra é pesadíssima.

O adversário de amanhã, entretanto, é do mesmo porte do Coritiba e uma vitória sobre o ascendente Goiás seria muito bem-vinda no Alto da Glória.

carneironeto@gazetadopovo.com.br

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