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Hoje será a noite de despedida de Paulo Rink, uma das melhores revelações do futebol paranaense.

Sim, é importante destacar que se trata de um jogador daqui, já que alguns dos jogadores mais famosos que defenderam nossas equipes vieram de outros estados.

Sempre que se pergunta quais foram os principais craques que jogaram por aqui, a maioria veio de fora. Os locais são minoria, daí a importância de reverenciar aqueles que saíram das categorias de base dos nossos clubes tornando-se craques e ídolos.

Paulo Rink surgiu no Atlético, cresceu no Atlético, fez-se famoso no Atlético e despede-se jogando no Atlético. Passou por outros clubes, destacando-se no futebol da Alemanha com o privilégio de vestir a camisa da seleção alemã graças à sua dupla cidadania.

O curioso é que o nome de Paulo Rink ficou associado ao de Oséas, consagrando-se a tradição atleticana de duplas ofensivas ou ataques famosos através dos tempos.

Recolho aqui alguns retalhos da reminiscência rubro-negra, por serem exemplares e oportunos nesta noite festiva na Arena da Baixada.

No Atlético dos primeiros tempos, Urbino e Zinder Lins barbarizaram na conquista do bicampeonato invicto de 29/30, tanto quanto Bento e Cecato na conquista do título de 1936.

Mais adiante, em 1943, um ataque arrasador com Batista, Lupércio, Lilo, Aveiros e Ibarrola. Para muitos atleticanos do passado, o paulista Lupércio foi, tecnicamente, o maior craque que passou pela Baixada, seguido de perto pelo paranaense Jackson, que formou no ataque a partir de 1945, consagrando-se no Furacão de 1949 na encantada linha Viana, Rui, Neno, Jackson e Cireno.

No final da carreira, em 1953, Jackson foi o artilheiro do campeonato formando dupla de ataque com Lobatinho, mas o título de campeão só voltou em 1958 com a dupla Odilon e Taíco. Mesmo com o time em fase negra, Ivan Marques e Walter encantaram a torcida com seus gols na década de 60, mas ninguém esquece a linha ofensiva de 1968 com Dorval, Milton Dias, Zé Roberto e Nílson Borges.

Campeões em 1970, Sicupira e Nelsinho cansaram de balançar as redes, coisa que só voltou a acontecer oito anos mais tarde com Ziquita e Lula, ou, sobretudo, em 1982 com Washington e Assis, o célebre Casal 20.

Carlinhos e André alegraram o povão na conquista do título de 1990, mas foi a partir de 1995 que o torcedor passou a conviver com duos que tiravam o sono dos adversários: Oséas e Paulo Rink; Lucas e Tuta; Lucas e Warley; Kelly e Kléber; Kléber e Alex Mineiro; Ilan e Washington; Washington e Dabogerto; Washington e Dênis Marques; Lima e Aloísio; e, agora, Alex Mineiro e Dênis Marques.

Paulo Rink faz parte dessa rica linhagem de jogadores que sabiam fazer gols e vestiram a camisa rubro-negra com amor. Hoje ele sai do campo para entrar na História.

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