O desenvolvimento do processo político do Coritiba está ficando cada vez mais complicado.

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Um tanto pelas conseqüências de o time não ter conseguido melhor classificação no campeonato, um tanto pelo excesso de personagens que se aproveitam do momento para aparecer na mídia.

Temos assistido a um verdadeiro festival de entrevistas coletivas, em diversos pontos da cidade, deixando o torcedor coxa-branca atônito.

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A verdade é que os incríveis gols perdidos por William, Alberto, Edu Salles e outros menos votados, resultaram na permanência do Coxa na Segundona, com reflexos imediatos na administração do clube.

O presidente Giovanni Gionédis tudo fez para recolocar a equipe na Primeira Divisão, mas como não conseguiu, acabou cercado e pressionado de forma intensa pela oposição. Agora, perdeu o seu maior cacife, representado pelo retorno do dirigente Domingos Moro.

Magoado pela forma como foi afastado do cargo há dois anos, mesmo ostentando o título de bicampeão paranaense, Moro preferiu manter-se ao largo do tempestuoso caso, preservando-se para voltar quando as coisas estiverem mais calmas. Talvez na condição de presidente, seu antigo sonho.

Perdida a principal carta no jogo político, Gionédis continua enfrentando as mais diversas manifestações contra a sua permanência.

A tal ponto que o Conselho Deliberativo convocou a assembléia geral – reunião dos sócios – para o dia 10 de janeiro. Aí é que reside o maior complicador: como o Campeonato Paranaense começa no dia 14 e, a seguir, a Copa do Brasil, o planejamento do futebol corre o sério risco de ficar bastante prejudicado.

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Como é que Gionédis vai contratar os profissionais, se corre o risco de sair no dia 10 de janeiro? E se a disputa pelo poder prosseguir através das vias judiciais?

E os profissionais, por sua vez, provavelmente pensarão duas vezes antes de assinar um compromisso com o clube que atravessa a mais grave crise técnica, política e institucional da sua história recente.

Seria recomendável que as partes litigantes entrassem em acordo para, digamos, uma pausa no tiroteio, a fim de que possa ser ordenado o trabalho do departamento de futebol profissional.

Espera-se, pelo menos, que se pense no futuro do time nos campeonatos que se iniciam nos primeiros meses do ano.

Sendo o Coritiba um clube voltado exclusivamente ao futebol, é mais do que legítimo crer que a razão da sua própria existência seja o bom encaminhamento das atividades dentro de campo.

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Para que o time não seja prejudicado é importante que conselheiros, dirigentes e associados tenham bom senso. É o mínimo que se espera daqueles que se identificam com as cores do Coritiba.