O São Paulo confirmou, com inteira justiça e sobrando na turma, o título de bicampeão brasileiro que, na soma, representou o pentacampeonato.
Na Arena da Baixada, em jogo tenso pelos antecedentes do turno no Olímpico, o Atlético realizou bela apresentação e deu um passeio no Grêmio, um time tecnicamente restrito e que procurou se superar com agressividade. Deu-se mal, pois Tcheco foi expulso e o árbitro Wágner Tardelli, que teve boa atuação, poderia ter excluído pelo menos mais dois jogadores do Grêmio por excesso de força.
O Furacão jogou com inteligência e objetividade, conforme o figurino desenhado por Ney Franco, e chegou a vitória com dois golaços: no primeiro, Ferreira deixou o becão gaúcho fora do ar antes de finalizar e, no segundo, Michel Isto é Michel ! acertou um chute maravilhoso. No final, cenas lamentáveis proporcionadas por cartolas, jogadores e torcedores que acabaram na polícia.
No Mineirão, Galo e Paraná não movimentaram o placar. Não resolveu o problema de nenhum deles, mas serviu para mostrar a garra dos jogadores na desesperada luta contra o rebaixamento.Na etapa inicial o Paraná jogou melhor e criou oportunidades para marcar, mas no tempo complementar foi dominado e apenas se defendeu com eficiência.
Onda nacionalista
Nem bem a Fifa formalizou o Brasil para organizar a Copa do Mundo de 2014 e instalou-se uma onda de nacionalismo entre os brasileiros presentes em Zurique.
Do presidente Lula ao bruxo Paulo Coelho, passando por governadores, políticos, cartolas, Romário, Dunga e outros menos votados, todos vestiram verde-e-amarelo na exaltação do país. Tudo muito natural, não fosse a grosseria do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, ao irritar-se com a pergunta de uma repórter canadense sobre a violência.
Ora, qualquer um que viaja sabe que o Brasil só vira notícia lá fora por causa do seu impressionante índice de criminalidade, muitas vezes superior ao do Iraque, por exemplo, que se encontra em guerra há muitos anos. Bagdá não pega juvenil com o Rio de Janeiro e São Paulo.
Mas vamos em frente. O presidente Lula, sempre simpático e espirituoso, até que não se saiu mal apesar do discurso banal em que, entre outras coisas, afirmou que "faremos uma Copa para argentino nenhum botar defeito". Para quem tem senso de humor sabe que essa é uma linguagem popular e que faz parte do folclore futebolístico.
O problema é a postura dos homens da CBF que, com tantos poderes concentrados, vão dar as cartas no velho jogo político na escolha das cidades sedes.
Os governantes, que só têm olhos para as próximas eleições, já começaram a fazer a corte ao grão-cartola da CBF e a guerra foi declarada entre as cidades que ainda não têm cadeira cativa no Mundial. Entre elas, Curitiba.
carneironeto@gazetadopovo.com.br
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