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O futebol profissional não reserva espaço para determinadas situações, sem que haja cobrança mais à frente. É o caso dessa surpreendente viagem do técnico Lothar Matthäus na semana de estréia do Atlético na fase decisiva do campeonato.

Não discuto a razão da viagem, mesmo porque enquanto escrevo não tenho conhecimento do motivo, mas sim das perdas e danos que ela poderá provocar na preparação tática da equipe.

O Atlético é um clube organizado, com elenco de médio para grande porte dentro dos padrões nacionais, conta com uma torcida enorme, excelente estrutura e, por isso, ocupa lugar de destaque no cenário esportivo e tem muitas responsabilidades assumidas. Sendo assim, é surpreendente que o técnico tenha se afastado no início dos trabalhos da semana de um clube com proposta de trabalho profissional da mais elevada categoria.

Imaginem o que deve estar passando pela cabeça dos jogadores, que, nas últimas semanas, tiveram de dialogar através de intérpretes com o treinador e, de repente, voltam a falar diretamente com o comandante, no caso interino e, certamente, sem a mesma liderança sobre o elenco.

A propósito do episódio do intérprete que foi proibido de ajudar Matthäus no jogo de domingo, gostaria de citar a interpretação do advogado esportivo Domingos Moro, segundo o qual "a função do interprete é exclusivamente a de traduzir as orientações do treinador. Nada mais. É como se não tivesse personalidade própria. Um veículo para a informação, uma ponte para a compreensão. Proibir a sua presença é, no mínimo, rigorismo exacerbado e falta de bom senso. O Atlético solicitou, oficialmente, a autorização para a presença do interprete em campo. Basta, agora, a ação pronta e responsável da Federação Paranaense de Futebol". Falou, doutor.

O fim dos galácticos

Tive a paciência de assistir aos 90 minutos do jogo Arsenal e Real Madrid. O time inglês, tecnicamente mediano, sem coragem para se impor em casa e fazer o resultado; o time espanholm sem qualquer padrão de jogo e com alguns jogadores fisicamente em petição de miséria.

O Real Madrid não possui estratégia para tentar o gol com inteligência, pois foi incapaz de promover tabelas, triangulações ou jogadas de linha de fundo. Só jogou na base dos chutões, bolas longas, balões ou chuveirinhos sobre a área, facilitando a tarefa dos defensores ingleses.

Quanto a Ronaldo, um desperdício. Ele está longe da sua melhor forma, mas sem receber bolas à feição para o estilo rompedor torna-se inútil a sua escalação. Aposto que, recebendo passes de Kaká, Ronaldinho e Zé Roberto, ele vai arrebentar na Copa do Mundo.

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