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O Cruzeiro tornou-se a mais nova vítima dos argentinos e entregou de bandeja o titulo da Libertadores. O time mineiro deu sequência ao triunfo da personalidade do jogador argentino sobre o brasileiro.

Talvez isso possa explicar as razões que levaram uma equipe tecnicamente superior, como é o caso presente do Cruzeiro em relação aos Estudiantes, a permitir uma virada no placar em pleno Mineirão. Faltou personalidade aos cruzeirenses, que se enervaram durante a partida, sentiram o peso da responsabilidade, não souberam evitar o choque físico característico dos argentinos e, sobretudo, sucumbiram diante das reclamações sem resultado ao árbitro que permitiu o jogo ríspido do adversário.

Ao contrário, mais uma vez os argentinos superaram as limitações técnicas pela vontade de vencer mesmo fora de casa.

Mesmo com jogadores tecnicamente bem dotados, os times brasileiros pagam o preço pela falta de estrutura intelectual e emocional da maioria dos jogadores.

Responsabilidade

Como consequência desse comportamento, os jogadores brasileiros também exageram nas faltas e reclamações, tanto que o técnico Paulo Autuori saiu do jogo com o Coritiba lamentando a falta de responsabilidade de muitos profissionais.

Ele indignou-se com a sexta expulsão de um jogador do Grêmio em 11 rodadas do campeonato. Ele protestou contra a falta de consciência dos jogadores que pensam que é só entrar em campo e fazer as coisas mecanicamente, sem usar a inteligência. Inteligência que sobrou para Verón e seus companheiros na final do Mineirão.

Mas o que falta mesmo é responsabilidade, já que os futebolistas brasileiros fogem da escola e são tratados como crianças milionárias por cartolas, empresários e assemelhados. A fortuna e a idolatria aumentam o grau de irresponsabilidade.

Na jogada em que William Thiego foi expulso, ele simplesmente ignorou a bola e chutou as pernas do jogador do Coritiba. E isso tem sido comum, pois os jogadores, mesmo percebendo que não alcançarão a bola, desferem pontapés, dão carrinhos e só sabem desrespeitar o árbitro em campo.

Tudo isso colocado no mesmo caldeirão resultou no absoluto fracasso dos clubes brasileiros nas últimas decisões da Libertadores.

Quanto ao sucesso da seleção brasileira, é importante destacar que se trata de uma elite de jogadores que, mesmo assim, caíram do salto alto na última Copa do Mundo.

Primeiro, por falta de comando do técnico Parreira, repetido agora no Fluminense, que afunda no campeonato; segundo, pela máscara da maioria dos craques renomados, que formaram um time de sonhos eliminado pelos veteranos franceses comandados pelo ótimo Zidane, que se despediu do futebol após o encerramento do torneio na Alemanha.

Dunga terá de levar a turma com rédea curta para conseguir fazer sucesso na África do Sul.

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