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Pelo que jogou, o Coritiba fez por merecer mais do que a vitória por apenas um gol. Na verdade a equipe paranaense dominou amplamente a partida, foi sempre superior ao Internacional, procurou a marcação do gol com mais intensidade e acabou esbarrando na boa atuação do goleiro Lauro e na falta de melhor pontaria de seus atacantes.

Escalado por René Simões com características ofensivas, o Coxa bombou o tempo todo, mas demorou a encontrar o caminho do gol. Se tivesse conseguido marcar antes, provavelmente conseguiria chegar ao segundo gol, que representaria a classificação para a final.

No gol da vitória, o argentino Ariel demonstrou excelente domínio de bola, girou com categoria e finalizou no canto, fora do alcance do arqueiro gaúcho. O Internacional teve uma atuação decepcionante e terá de jogar bem diferente para conquistar o título diante do Corinthians.

Paraná reage

Pouco importa se a apresentação não foi tecnicamente brilhante, pois a conquista dos primeiros três pontos fora de casa foram fundamentais para a recuperação da confiança do time paranista.

Se nem no campeonato da Primeira Divisão estão exigindo qualidade técnica, diante da escassez de melhores jogadores no mercado interno, não é na Segunda que vamos cobrar desempenho espetacular. Longe disso. Nas duas divisões do atual futebol brasileiro – e nas demais que entrarão em atividade – o que vale é a soma de pontos.

Por isso Zetti e seus comandados merecem aplausos pelo triunfo sobre o Juventude, em Caxias do Sul, onde sempre as equipes paranaenses patinaram.

O resultado de sábado quebrou o gelo, ainda mais em cima de um adversário da categoria do Vasco, e o de anteontem foi sobre o gelo na fria noite da Serra Gaúcha. Iniciou-se a campanha de recuperação do Paraná na competição e essa motivação deve tomar conta da torcida que já passou da hora de voltar em maior numero aos jogos na Vila Capanema. Não pode cobrar resultados se não apoiar o time na hora de dificuldade.

Os mais caros

A revista Placar apresentou a lista dos jogadores mais bem pagos do futebol brasileiro. Indicativo de que os 12 principais clubes do país dominam o panorama distanciando-se dos concorrentes que estão fora dos quatro pontos cardeais.

Ronaldo Fenômeno puxa a lista, seguido por Adriano, Nilmar, Fred, Leandro Amaral, Kléber do Cruzeiro, Thiago Neves, Edmílson, Rogério Ceni e Washington. Como se vê, não é por falta de investimentos que o Fluminense não vai para frente já que, entre os dez mais caros, ele conta com três jogadores: Fred, Leandro Amaral e Thiago Neves.

Dirigido de forma quase amadorística, o futebol paranaense só tem um jogador entre os 40 melhor remunerados: Marcelinho Paraíba, do Coritiba que recebe 120 mil reais por mês.

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